Durante a análise do caso de suposta trama golpista, o ministro do STF Alexandre de Moraes proferiu um voto amplo e detalhado, refutando os argumentos das defesas e demonstrando relações entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e os eventos que levaram aos atos de 8 de janeiro.
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A declaração é do professor de Direito Constitucional da FGV Rubens Glezer em entrevista ao Bastidores CNN.
Moraes apresentou em seu voto uma análise abrangente, justificando juridicamente sua posição e detalhando o caso aos demais ministros. O relator aprofundou os argumentos da Procuradoria-Geral da República, adicionando evidências e informações concretas.
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Moraes criticou veementemente os argumentos das defesas, sobretudo em relação às alegações sobre as determinações de Mauro Cid. O juiz considerou imprecisa a afirmação de que existiram oito determinações contraditórias, esclarecendo que houve apenas uma determinação e oito depoimentos.
Outro ponto questionado foi a alegação da defesa sobre a ausência de tempo para examinar 70 terabytes de dados. Moraes esclareceu que aquele volume de informações não era parte direta da acusação, mas sim todo o material ao qual a acusação teve acesso e que foi disponibilizado aos advogados.
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Elementos Centrais da Acusação
Moraes ressaltou, na formulação de seu argumento, três aspectos cruciais: a existência de um plano para o golpe, o início da tentativa de golpe de Estado e a presença de violência. O juiz evidenciou como cada réu teve envolvimento nos eventos, ultrapassando simples considerações e agindo de forma concreta.
Um dos pontos em evidência foi a existência da minuta da Operação Punhal Verde e Amarelo no Palácio do Planalto, documento que, segundo a acusação, continha planos contra autoridades. Moraes ressaltou que este documento foi discutido por pessoas que posteriormente tiveram reuniões com Bolsonaro, estabelecendo uma linha de conexão entre os envolvidos.
Fonte por: CNN Brasil