Juiz expõe omissão do pai antes da mulher matar a filha; casal permanece preso
Juiz afirma que pai desconsiderou mensagens em que mãe ameaçava matar a criança; casal permanece detido por homicídio.
Justiça de Roraima mantém prisão de casal acusado de homicídio
A Justiça de Roraima decidiu pela manutenção da prisão preventiva de Renata Ferreira dos Santos, de 26 anos, e Halisson Conceição dos Santos, de 36, ambos acusados de homicídio qualificado pela morte da filha, a bebê M. S. C. dos S., com menos de 2 meses. A decisão, assinada pelo juiz Renato Albuquerque, ressalta a gravidade do caso e a inação do pai diante das ameaças de morte feitas pela mãe.
O magistrado enfatizou que a morte da criança é “extremamente grave” e representa um “risco real e atual à ordem pública”. Ele observou que o casal apresentou versões contraditórias, mas destacou a omissão do pai como um ponto crucial. “Há mensagens de texto em que Renata expressa a intenção de matar a infante, enquanto Halisson não toma providências para evitar tal resultado”, afirmou o juiz, responsabilizando o pai pela falta de ação diante das ameaças explícitas da companheira.
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Cenário de conflito e consumo de álcool
O contexto que precedeu a tragédia é marcado por conflitos e consumo de álcool. Um vídeo mostra Renata segurando a bebê em um bar de Boa Vista, poucas horas antes de a criança ser encontrada morta. Segundo o documento judicial, o casal consumiu bebidas alcoólicas na madrugada em que M. S. C. dos S. foi encontrada com hematomas no apartamento da família, localizado no bairro Jardim Equatorial.
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O juiz acrescentou que o cenário era de uma família em conflito, com ambos ingerindo álcool antes da morte da criança, que apresentava sinais de morte não natural. A Polícia Militar relatou que Renata afirmou ter deixado a filha sozinha em casa para comprar absorventes e, em seguida, se encontrou com Halisson em uma distribuidora de bebidas. Essa versão foi considerada “contraditória” pela Justiça.
Investigação e agravantes
O casal, que já havia sido expulso de um apartamento onde morava há 3 meses devido a “brigas constantes”, está sendo investigado pela Delegacia-Geral de Homicídios (DGH). Eles foram autuados por homicídio qualificado com quatro agravantes, incluindo motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima, além de homicídio praticado contra menor de 14 anos por ascendente.
O corpo da menina foi encaminhado ao IML para exame de necropsia, que determinará a causa exata da morte.
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.