O juiz Eduardo Garcia Albuquerque, do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou, no final de agosto, o bloqueio e a apreensão de passaportes em nome do empresário Celso Henrique de Oliveira Yamashita, réu por injúria racial contra a atriz Taís Araújo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O caso se refere a declarações feitas em 2022. Na ocasião, Yamashita reagiu à divulgação de um vídeo em que a atriz criticava o então presidente Jair Bolsonaro (PL). “É uma infeliz. Maldita Princesa Isabel”, escreveu o empresário em um grupo de WhatsApp do condomínio onde morava, em São José do Rio Preto. O conteúdo foi encaminhado ao Ministério Público por um morador.
A acusação, admitida pela Justiça paulista em novembro de 2023, alegou que Yamashita proferiu uma clara afronta à Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no Brasil, “sugerindo que, se a lei não tivesse sido aprovada, a pessoa negra, escravizada por mais de 350 anos no Brasil, não poderia expressar sua opinião”. Nos autos, o empresário declarou tratar-se de uma “brincadeira”.
LEIA TAMBÉM!
Após os ataques ao STF na Paulista, Barroso declara: “na ditadura não existia um processo ‘público e transparente’.”
Mendonça solicita a suspensão do processo relacionado à trama de fraude
STF determina que Joice Hasselmann arque com o pagamento de R$ 10 mil por ter descrito a ‘Jovem Pan’ como ‘lixo’
Diante de não ter conseguido citar o empresário pessoalmente, o promotor Fábio Miskulim solicitou o bloqueio do passaporte. “O réu continua em local incerto e não sabido, mas há notícias de que, frequentemente, vai e volta do Japão”, destacou no documento.
O bloqueio do passaporte, conforme o Ministério Público, evitará que ele deixe o país sem ser citado. Ao atender o pedido, o magistrado do caso ordenou a Polícia Federal e a Receita Federal para cumprir a medida. CartaCapital tenta contato com a defesa de Yamashita para comentar o caso. O espaço permanece aberto.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fonte por: Carta Capital