Jovens deixam Bolsa Família: 49% conseguem mobilidade social, aponta estudo

Jovens deixam Bolsa Família: quase 50% alcançam mobilidade social. Estudo do IMDS aponta fatores como escolaridade e emprego como chave para a saída do programa

05/11/2025 1:02

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Mobilidade Social: Milhões de Jovens Abandonam o Cadastro Único

Uma pesquisa recente do governo federal revelou um dado significativo: quase metade dos jovens que participavam do Bolsa Família em 2012 conseguiram deixar o Cadastro Único até 2024. O levantamento, conduzido pelo IMDS, acompanhou 15,5 milhões de beneficiários ao longo de 12 anos, mostrando que 48,9% desses jovens não dependem mais da rede de proteção social.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa mobilidade social representa um avanço importante na política de assistência social.

Análise do Estudo: Fatores de Sucesso

O estudo analisou crianças e adolescentes de 7 a 16 anos registrados como dependentes do programa em 2012, ano caracterizado por relativa estabilidade do Bolsa Família e com acesso a microdados mais completos. A principal conclusão é que a saída do programa está ligada a fatores como maior escolaridade dos responsáveis, inserção em empregos formais, renda per capita familiar acima de R$ 140,00, alfabetização precoce e entrada no mercado de trabalho. A pesquisa também identificou que o sexo masculino foi um fator individual que aumentou as chances de mobilidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem Saiu do Bolsa Família?

A análise dos dados revela que as famílias com melhores condições iniciais em 2012 tiveram maior probabilidade de deixar o Bolsa Família. Jovens com maior escolaridade, inseridos no mercado de trabalho formal e com renda familiar acima do valor estabelecido, apresentaram um desempenho superior em termos de mobilidade social. Além disso, famílias que haviam ingressado no programa há pouco tempo também demonstraram maior capacidade de se desvincular da rede de proteção social.

Persistência da Vulnerabilidade

Apesar do sucesso de muitos jovens, 5,2 milhões (33,5%) ainda permanecem no programa, evidenciando a persistência de vulnerabilidades em parte das famílias. Jovens pretos e pardos, famílias com moradias precárias e baixa escolaridade dos responsáveis apresentam menor probabilidade de sair da rede de proteção social. Essa realidade demonstra a necessidade de políticas públicas mais direcionadas e que considerem as particularidades de cada grupo.

Leia também:

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.