Fuga de Presídio Chocante: Jovem Detenta Escapa com Ajudantes Armados

Em uma operação ousada, a jovem Rafaela Sampaio Camorim, conhecida como Rafa Car, escapou do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do Butantã, em São Paulo, nesta quinta-feira, 18. A fuga, que se assemelha a um roteiro de filme policial, foi articulada por um casal armado que invadiu a unidade prisional durante a manhã, aproveitando o momento de chegada de um caminhão de entrega.

A detenta, que estava presa por envolvimento em uma quadrilha especializada no roubo de veículos de luxo, corria o risco de perder o benefício do regime semiaberto e ser transferida para uma unidade de regime fechado. A fuga, portanto, representava uma alternativa para evitar um ambiente mais controlado e seguro, onde a vigilância seria intensificada.

A Persona Dupla de Rafaela Sampaio Camorim

Rafaela projetava uma imagem contrastante nas redes sociais, apresentando-se como recepcionista com formação em pedagogia, o que conferia legitimidade à sua persona social e profissional. No entanto, por trás dessa fachada, ela liderava uma organização criminosa especializada no roubo de veículos de alto padrão, utilizando planejamento e dispositivos eletrônicos para desativar sistemas de segurança.

A quadrilha agia com precisão, escolhendo alvos específicos e utilizando documentação falsificada para revender os veículos. A primeira prisão de Rafaela, em janeiro de 2022, durante uma operação conjunta, resultou na apreensão de cinco veículos roubados, representando um duro golpe contra a organização.

Vulnerabilidade do CPP do Butantã

O CPP do Butantã já era alvo de críticas e denúncias devido a problemas estruturais e operacionais, incluindo falta de agentes penitenciários, veículos em más condições e ausência de servidores armados suficientes. A Defensoria Pública havia solicitado judicialmente a transferência de todas as presas da unidade, devido às condições precárias e à falta de segurança.

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A fuga de Rafaela não foi um incidente isolado, pois, em 2024, sete detentos escaparam da mesma unidade em 48 horas. Esses episódios evidenciam a urgência de uma reestruturação profunda no sistema penitenciário paulista, especialmente nas unidades que abrigam presos em regime de progressão.

Investigação e Busca

Após a fuga, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) foi notificada, e a Polícia Militar iniciou as buscas por Rafaela e seus cúmplices. Equipes da PM Rodoviária foram acionadas para interceptá-los nas principais rodovias, como a Raposo Tavares, enquanto helicópteros realizavam buscas aéreas.

O caso está sendo investigado como facilitação de fuga e associação criminosa, com a possibilidade de ligações diretas entre os fugitivos e a organização criminosa à qual Rafaela pertencia. A SAP ainda não se manifestou sobre eventuais falhas na segurança da unidade.