Surfista é Salvo por Colegas Após AVC no Mar
O jornalista australiano Graham Russell teve sua vida poupada por um grupo de surfistas após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante o mergulho em águas de Nova Gales do Sul, Austrália. A experiência dramática, relatada em detalhes para o jornal The Guardian, onde atua como editor, serve como um alerta crucial sobre a importância de buscar ajuda em situações de emergência e a vulnerabilidade do corpo humano.
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Russell, conhecido por seus treinos regulares em grupo, decidiu se aventurar em áreas mais profundas quando foi inesperadamente atingido por três ondas fortes. Ao retornar à superfície, ele percebeu que algo estava terrivelmente errado. “Um ruído branco invadiu meu ouvido esquerdo, e eu comecei a sentir uma fraqueza crescente. Uma dor intensa, semelhante a uma cãibra, se espalhou pelo meu pescoço direito, e a vontade de continuar nadando se dissipou instantaneamente. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que precisava sair da água imediatamente,” relatou.
Enquanto seus colegas de natação observavam sua crescente dificuldade, eles inicialmente assumiram que ele estava apenas com problemas para remover as nadadeiras. Russell tentava desesperadamente pedir socorro, mas a incapacidade de emitir qualquer som o frustrava. “Eles estavam a poucos metros de distância, mas eu não conseguia fazer um som. Era uma situação de pânico,” lembra ele.
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Um dos surfistas, agindo rapidamente, correu para buscar ajuda. Dois colegas o arrastaram para um local seguro, o cobriram com um cobertor térmico, e as ambulâncias chegaram rapidamente. Exames na emergência revelaram que o impacto das ondas havia causado uma dissecção arterial no pescoço, uma ruptura que gerou um coágulo e, consequentemente, o AVC no lado esquerdo do cerebelo.
Segundo o neurocirurgião W. Chris Fox, da Mayo Clinic, a dissecção arterial pode ser espontânea, mas frequentemente é desencadeada por traumas como acidentes ou lesões no pescoço e na cabeça. O impacto do AVC afetou o equilíbrio do lado direito do corpo de Russell, mas, felizmente, ele não sofreu sequelas motoras permanentes, apenas uma forte fadiga.
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Após 36 horas de observação e tratamento com anticoagulantes, Russell recebeu alta com recomendações de repouso. Dias depois, ele retornou à praia, inicialmente com medo, mas a visão do oceano trouxe um alívio. “Minha conexão com aquele lugar se tornou ainda mais significativa. Ficou claro para mim que não fomos feitos para viver isolados. Precisamos confiar nos outros,” concluiu.
