Jogadoras de futebol enfrentam crise financeira! Estudo da FIFPRO aponta que 2/3 atletas recebem menos de US$20 mil/ano. Saiba mais!
Uma pesquisa recente revelou que a grande maioria das jogadoras de futebol que atuam em seleções nacionais enfrentam dificuldades financeiras. Segundo dados coletados por uma pesquisa realizada pela FIFPRO, cerca de duas a cada três atletas não recebem mais de US$ 20.000 anuais – o que equivale a aproximadamente R$ 110 mil.
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Um número ainda maior, quase um terço do grupo, reporta rendimentos que variam de US$ 0 a US$ 4.999, ou cerca de R$ 27.644.
A pesquisa, conduzida entre agosto e outubro de 2025, envolveu uma análise detalhada das condições de trabalho e remuneração de atletas de seleções nacionais femininas. A FIFPRO entrevistou 407 atletas de 41 países, abrangendo participantes dos principais campeonatos continentais daquele ano, incluindo a Copa América Feminina, a Copa Africana de Nações Feminina e a Copa das Nações da OFC.
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O estudo representa uma continuação de uma pesquisa similar realizada em 2022, permitindo uma comparação valiosa da evolução do cenário no futebol feminino.
Os clubes constituem a principal fonte de renda para as atletas, seguidas pelos pagamentos das seleções nacionais. No entanto, a instabilidade financeira se manifesta de diversas formas. Uma parcela significativa, 25%, mantém empregos adicionais fora do futebol para complementar sua renda.
Adicionalmente, entre as jogadoras que possuem contratos com clubes, 33% têm vínculos de apenas um ano ou menos, e 22% não possuem contrato formal. A Dra. Alex Culvin, Diretora de Futebol Feminino da FIFPRO, enfatizou que “a estabilidade financeira é a pedra angular de qualquer carreira”.
Além da remuneração, as jogadoras enfrentam desafios relacionados ao descanso e às condições de viagem. Um número expressivo, 58%, considera o tempo de recuperação antes das partidas insuficiente, e 57% relatam que o período após os jogos também não é adequado.
Em relação às viagens, 75% das jogadoras se deslocaram em classe econômica durante os torneios, com apenas 11% tendo acesso a classes premium ou executiva. A grande maioria (77%) utilizou transporte aéreo para pelo menos uma partida ou competição.
Autor(a):
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.