Jogador do São Paulo, Bobadilla, é indiciado por injúria racial contra venezuelano

Volante chamou Miguel Navarro, do Talleres, de “venezuelano faminto” em partida. Leia no Poder Sports MKT.

12/06/2025 11:21

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Jogador do São Paulo, Bobadilla, é indiciado por injúria racial contra venezuelano
(Imagem de reprodução da internet).

O volante Damián Bobadilla , do São Paulo, foi indiciado por crime de injúria racial contra o jogador venezuelano Miguel Navarro, do Talleres da Argentina. O indiciamento ocorreu após o atleta são-paulino prestar depoimento na quarta-feira (11.jun.2025) no DOPE (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), em São Paulo. As informações foram divulgadas pelo Globo Esporte.

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O delegado Rodrigo Correa Baptista, do Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), confirmou que o depoimento de Bobadilla não alterou o curso das investigações.

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Ele compareceu, esclareceu todos os pontos que foram questionados, porém os elementos realmente o contradizem, declarou o delegado sobre o depoimento do jogador do São Paulo.

A investigação aponta que Bobadilla teria ofendido Navarro, chamando-o de “venezuelano morto de fome” durante o confronto entre os dois times. O jogador do São Paulo negou a acusação após dar explicações às autoridades.

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A versão da vítima é corroborada por outras testemunhas. Ele não apresentou nenhuma testemunha que pudesse afastar a credibilidade que temos das outras testemunhas, jogadores do Talleres. Assim, por esse motivo foi indiciado pelo crime de injúria racial, explicou o delegado.

A entidade paulista apresentou provas para sustentar o jogador, porém, isso não impediu o inquérito.

Os jogadores do Talleres, Lautaro Nahuel Bustos e Marcos Ezequiel Portillo, que testemunharam a suposta ofensa, prestaram depoimento. O árbitro Piero Maza Gomez e os policiais militares Wellington Rodrigues dos Santos e Rodrigo Simplício, que atuaram na delegacia do estádio, também foram ouvidos.

A investigação policial está em fase final de tramitação. Após sua conclusão, o caso será encaminhado ao Poder Judiciário, onde o Ministério Público poderá promover ação penal contra o jogador do São Paulo.

Ademais das possíveis consequências na esfera criminal, o condutor pode ter sua habilitação suspensa para competições organizadas pela Conmebol. No Brasil, casos de xenofobia são enquadrados como crimes de racismo conforme a legislação, com pena prevista de dois a cinco anos de reclusão.

Fonte por: Poder 360

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.