Jensen Huang, CEO da Nvidia, descarta vendas de chips Blackwell para a China em declaração recente

Jensen Huang, CEO da Nvidia, fala sobre vendas de chips Blackwell para a China

O presidente-executivo da Nvidia, Jensen Huang, declarou nesta sexta-feira (7) que não há “nenhuma discussão em andamento” sobre a venda dos chips Blackwell, de última geração, para a China. Atualmente, o Blackwell é o principal chip de inteligência artificial da Nvidia, cuja comercialização para o país asiático foi bloqueada pelo governo Trump, temendo que isso beneficiasse as forças armadas chinesas e a indústria local de IA.

Na semana passada, surgiram especulações sobre possíveis negociações entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul, que poderiam resultar em um acordo para permitir a venda de uma versão reduzida do Blackwell na China.

No entanto, até o momento, não há indícios de um entendimento entre os dois países.

Visita a Taiwan e declarações sobre o mercado chinês

“No momento, não temos planos de enviar nada para a China”, afirmou Huang, logo após chegar a Tainan para sua quarta visita pública a Taiwan neste ano. Ele acrescentou que “cabe à China decidir quando os produtos da Nvidia voltarão a atender o mercado chinês” e expressou a esperança de que a política do país mude.

Embora os EUA tenham autorizado a venda do chip H20 da Nvidia na China, Huang reiterou que Pequim não deseja a presença da empresa no país, resultando em uma participação zero no mercado de chips avançados de IA.

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Encontro com a TSMC e comentários sobre a IA

Durante uma transmissão ao vivo na Formosa TV, Huang mencionou que estava em Taiwan por um dia e meio para visitar a TSMC, sua parceira de longa data, e participar do dia de esportes da empresa. “Os negócios estão muito bem”, disse ele, ressaltando a importância de encorajar seus amigos da TSMC.

Quando questionado sobre o plano do CEO da Tesla, Elon Musk, de construir uma fábrica de semicondutores, Huang destacou que a instalação de unidades avançadas de fabricação, como as da TSMC, é extremamente desafiadora. Ele enfatizou que “é uma tecnologia muito importante e a demanda é extremamente alta”.

Esclarecimentos sobre a corrida da IA

Huang também esclareceu comentários recentes, citados pelo Financial Times, onde teria afirmado que a China venceria a corrida da IA. “Não foi isso que eu disse”, afirmou. “O que eu disse foi que a China possui uma tecnologia de IA muito boa e muitos pesquisadores na área.”

O executivo destacou que 50% dos pesquisadores de IA do mundo estão na China e que os modelos de inteligência artificial de código aberto mais populares também são originários do país. “Eles estão se movendo muito, muito rápido”, concluiu. “Os Estados Unidos precisam continuar se movendo incrivelmente rápido; caso contrário, o mundo é muito competitivo.”