Vice-presidente dos EUA comenta situação em Gaza
Na terça-feira (21), o vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou que a localização de alguns corpos de reféns falecidos em Gaza é desconhecida, descrevendo a situação como “difícil” e ressaltando que não será resolvida rapidamente.
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Durante uma visita a Israel, Vance minimizou as preocupações sobre a fragilidade do cessar-fogo entre Israel e Hamas. Apesar de alguns membros do governo Trump expressarem, em privado, receios sobre a possibilidade de o acordo desmoronar, Vance se mostrou otimista. “O que vimos na última semana me dá grande otimismo de que o cessar-fogo vai se manter”, declarou.
Expectativas sobre o cessar-fogo
Vance evitou estabelecer prazos para a devolução dos corpos dos reféns israelenses e para o desarmamento do Hamas, afirmando que isso “vai levar um pouco de tempo”. Ele destacou a necessidade de implementar estruturas de segurança e assistência humanitária em Gaza.
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“Se o Hamas não cumprir o acordo, coisas muito ruins vão acontecer. Mas eu não vou estabelecer um prazo explícito, porque muita coisa aqui é complicada”, disse Vance.
Objetivos da visita
A presença de Vance na região visa garantir que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mantenha seu compromisso com o acordo negociado pelos EUA. Membros do governo Trump temem que Netanyahu possa tentar sabotar o cessar-fogo.
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Um funcionário dos EUA descreveu a missão como um “Bibisitting”, referindo-se à supervisão de Netanyahu. Outro funcionário a classificou como uma “demonstração de força” da administração, enfatizando a necessidade de um cessar-fogo duradouro.
Desafios e tensões
As preocupações aumentaram após Israel acusar o Hamas de um ataque que resultou na morte de dois soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF). Em resposta, Israel realizou uma série de ataques aéreos em Gaza.
Funcionários dos EUA têm trabalhado para minimizar os impactos dos ataques e garantir a manutenção do cessar-fogo. Apesar das acusações mútuas de violação do acordo, ambos os lados reafirmaram seu compromisso com a trégua.
Próximos passos e negociações
Vance afirmou que será um “esforço constante” mediar desentendimentos à medida que surgirem. Ele também destacou que a viagem “não teve nada a ver com os eventos das últimas 48 horas”.
Na coletiva, Vance foi acompanhado pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e pelo genro do ex-presidente Trump, Jared Kushner. A dupla está em Israel para trabalhar nas metas de longo prazo do plano de paz de 20 pontos do presidente para a região.
Pressões e declarações de Trump
Durante a visita, Witkoff enfatizou que a resposta de Israel à violência do Hamas deve ser proporcional. Ele também destacou que os próximos 30 dias são cruciais para a manutenção do acordo e para a transição para a segunda fase das negociações.
Enquanto isso, Israel pressiona os EUA para que o Hamas seja desarmado antes que as negociações avancem para a fase de reconstrução. Trump, por sua vez, afirmou que o ataque aos soldados das IDF não foi uma ação dos líderes do Hamas, mas parte de uma “rebelião”.
O presidente ameaçou “erradicar” o grupo, se necessário, e mencionou que “grandes aliados” no Oriente Médio estariam dispostos a intervir em Gaza, caso o Hamas continue a “agir mal”.