Grupo liderado pelo parlamentar pode perder a maioria na Câmara dos Deputados.
Os eleitores japoneses votarão neste domingo (20) para eleger membros do Senado, o que pode gerar instabilidade política e diminuir o poder do primeiro-ministro Shigeru Ishiba.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Estudos indicam que o PLD (Partido Liberal Democrático), liderado por Ishiba, e o Komeito, seu aliado, podem não obter os 50 cadeiras necessárias para manter o domínio da Câmara Alta do Parlamento, que possui 248 assentos. A metade das vagas está em jogo.
Pesquisas indicam que os partidos de oposição menores, que propõem a diminuição de impostos e o incremento dos gastos públicos, devem ampliar sua influência, incluindo o Sanseito, de orientação conservadora, que visa limitar a imigração, combater a chegada de investimentos estrangeiros e desfazer políticas de igualdade de gênero.
Uma performance insatisfatória do governo de coalizão poderia minar a confiança de investidores na quarta maior economia global e prejudicar as negociações comerciais com os Estados Unidos, afirmam especialistas.
Outrossim, o encarecimento e as questões relacionadas à imigração constituem duas das principais preocupações da população.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ishiba poderá ter que optar por promover um novo líder do PL ou disputar para assegurar o apoio de alguns partidos da oposição com obrigações políticas, afirmou Rintaro Nishimura, ligado ao Asia Group no Japão.
Ele ressaltou que cada situação demanda que o PLD e o Komeito realizem determinadas concessões, e isso será um desafio, visto que qualquer parceiro em potencial exerce influência nas negociações.
A votação encerra às 20h, no horário local, 8h de domingo em Brasília, quando se espera que a mídia local projete os resultados com base nas pesquisas de boca de urna.
Após a eleição, o Japão terá o prazo de 1º de agosto para concluir um acordo comercial com os Estados Unidos ou lidar com tarifas em um mercado de exportação mais amplo.
O aumento das tarifas de importação pode impactar a economia e o governo pode oferecer auxílio financeiro às famílias que já enfrentem dificuldades devido à inflação, como o dobramento dos preços do arroz desde o ano passado.
Com vista a um mercado de capitais volátil, a PLD adotou uma política de restrição orçamentária, ignorando as demandas da oposição por reduções significativas de impostos e investimentos em programas sociais.
Em outubro, o governo de Ishiba perdeu a maioria na Câmara Baixa, que é mais poderosa.
A pior avaliação do PLD em 15 anos gerou instabilidade nos mercados financeiros e colocou o primeiro-ministro em situação de fragilidade, com risco de moções de desconfiança que poderiam derrubar o governo e desencadear novas eleições gerais.
Sob a liderança do PLD durante a maior parte do período pós-guerra, o Japão tem conseguido evitar até o momento a divisão social e a fragmentação política observadas em outras democracias industrializadas.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.