Janamô: Da Dramaturgia à Ancestralidade – Uma Imersão na Produção de “Dona de Mim” e “Máscaras de Oxigênio“
Janamô teve um papel crucial na produção de “Dona de Mim”, ao lado de Higuy, amiga de Filipa (Cláudia Abreu), e auxiliou a personagem em uma situação crítica. A atriz demonstra grande versatilidade, utilizando sua voz para interpretar canções que celebram a ancestralidade. Recentemente, lançou a música “Cabelos” e integrou a série “Máscaras de Oxigênio”, exibida na HBO Max, que aborda o tema do HIV com um elenco de renome, incluindo Johnny Massaro. Em entrevista ao programa Contigo!, Janamô detalhou sua trajetória e seus trabalhos na área da dramaturgia, além de compartilhar os bastidores com a atriz global.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em “Máscaras de Oxigênio”, a personagem Mônica não cai automaticamente. Ela faz parte de um núcleo central da série, que aborda um momento crucial da história LGBTAIAPN+. A preparação para incorporar essa personagem foi um processo intenso e delicado. Janamô analisou narrativas reais que originaram a série, focando na resistência e na luta das pessoas LGBTAIAPN+ diante da violência, mas também do amor, da criação e da força. A preparação envolveu muita escuta, principalmente ouvir quem viveu e vive essas histórias. Além disso, foi um exercício de memória, reconhecendo que sua própria trajetória – como mulher negra, bissexual, artista e ativista – possui conexões com esse espaço de resistência. Incorporar a personagem Mônica representou um desafio e uma honra, buscando ser um canal para transmitir, com respeito e verdade, a complexidade desse momento histórico. Mônica é a personagem que descobre o tráfico de medicamentos para salvar vidas, alguém que exercia seu trabalho em meio a restrições sociais.
A interação com Cláudia Abreu em “Dona de Mim” foi maravilhosa, generosa e repleta de aprendizado. Cláudia é uma atriz notável, acessível no encontro, o que torna tudo mais leve e autêntico. Janamô espera que a personagem Higuy retorne a novela, e essa possibilidade existe. Em determinado momento, ela se encontrou no lugar da personagem de Cláudia, pois todas as artistas, em algum momento, precisam recuperar a fé no seu talento e no seu desejo de criar. A pessoa que a fez retomar o trabalho foi sua mãe. Após um período complicado, foi através dela que Janamô reencontrou alegria e coragem, um reencontro que também se concretizou na fundação da Kazamô, um centro criativo em Belo Horizonte, que atualmente é um espaço de criação, acolhimento e compartilhamento. Interpretar Higuy é, portanto, abordar essa força externa que nos recorda quem realmente somos.
LEIA TAMBÉM!
A nova música de Janamô aborda temas de identidade e pertencimento, além de apresentar um ritmo cativante. A atriz compreende a música como um código ancestral, batizando seu trabalho autoral de “Código Ancestral: O Futuro é Retorno”. Ao cantar, compor ou apresentar-se no palco, Janamô carrega consigo as vozes que antecederam e também aquelas que ainda surgirão. A ancestralidade é memória, mas também é invenção do futuro. Quando essa memória se mistura ao ritmo, ao corpo que se move, Janamô sente que está criando um espaço de pertencimento coletivo – um convite para que cada indivíduo se reconheça em sua própria força e, ao mesmo tempo, se conecte com algo maior, que nos une. Esse é o lançamento do primeiro código ancestral, “CABELOS”.
Gabriel Sanches comentou sobre Breno em “Dona de Mim”: “Eu consigo entendê-lo”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Compartilhado por Janamô Cod Anc (@codigoancestral__)
Fonte por: Contigo