Itaú registra aumento de 14,3% no lucro no segundo trimestre

O Itaú Unibanco obteve lucro líquido recorrente gerencial de R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 14,3% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionado pela aprimorada rentabilidade e margem financeira com clientes, o que levou à revisão das projeções para o ano.

A previsão de ganhos da empresa, conforme projeções de analistas da LSEG, indicava R$ 11,3 bilhões no período. Em relação ao trimestre anterior, houve um aumento de 3,4%, conforme dados apresentados pelo banco na terça-feira (5).

O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado ascendeu a 23,3%, de 22,4% no mesmo período de 2024 e 22,5% no primeiro trimestre de 2025, em desempenho superior aos concorrentes Santander Brasil (16,4%) e Bradesco (14,6%). Nas operações no Brasil, o ROE do Itaú ficou em 24,4%.

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A margem financeira atingiu R$ 31,177 bilhões, de R$ 27,665 bilhões no ano anterior e R$ 30,322 bilhões no trimestre anterior. A margem com clientes aumentou 15,4% em relação ao ano anterior e 3,1% na base trimestral, enquanto a margem com o mercado reduziu 38,8% e 7,1% nas mesmas comparações.

O Itaú atualizou a previsão de crescimento da margem com clientes para 2025, estimando um aumento de 11% a 14%, anteriormente projetado entre 7,5% e 11,5%. No período de janeiro a junho, o banco alcançou um incremento de 14,7% nessa métrica.

A estimativa para a margem com o mercado indica uma projeção de resultado entre 1 bilhão e 3 bilhões de reais. No primeiro semestre, o valor alcançado foi de 1,781 bilhões.

O Itaú revisou parcialmente as projeções da alíquota efetiva de Imposto de Renda no ano, que passa a ser calculada entre 28,5% e 30,5%. As demais permanecem inalteradas.

O banco esclareceu que as alterações estão relacionadas, sobretudo, aos efeitos positivos de uma combinação de produtos de segmentos mais lucrativos do que o previsto inicialmente. “Ademais, a margem de lucro tem demonstrado melhor desempenho, impulsionada por maiores volumes”, declarou.

Crédito

A carteira de crédito atingiu R$1,389 trilhão, aumento de 7,3% em 12 meses, com estabilidade (+0,4%) em relação aos dados de março. A carteira de pessoas físicas registrou incremento de 0,7%, enquanto micro, pequenas e médias empresas apresentaram expansão de 0,8% e grandes empresas evidenciaram elevação de 1,4%.

Na segunda trimestre, a inadimplência superior a 90 dias consolidados, incluindo títulos e valores mobiliários, manteve-se em 1,9% na comparação trimestral. O índice entre 15 e 90 dias, por outro lado, reduziu-se 0,1 ponto em relação a março.

O custo do crédito elevou-se 3,2% em relação ao segundo trimestre do ano anterior, atingindo R$9 bilhões, com aumento de 2,1% nas despesas de perda esperada (para R$9,664 bilhões) e de 14,8% nos descontos concedidos, ao mesmo tempo em que a recuperação de créditos baixados como prejuízo aumentou 0,9%.

A variação trimestral apresentou aumento de 1,3%, com incremento de 1,8% nas despesas de perda estimada, queda de 0,8% nos descontos e elevação de 3,8% na recuperação de créditos.

O aumento na base trimestral é atribuído ao incremento nos gastos com perdas esperadas nos Negócios de Atacado no Brasil.

O Itaú afirmou no material de divulgação do balanço que esse aumento foi parcialmente compensado pela menor despesa de perda esperada nos Negócios de Varejo no Brasil, devido à redução do atraso de curto prazo, além do aumento das receitas com recuperação de créditos baixados como prejuízo.

O Itaú registrou receita de serviços prestados em patamar estável (+0,1%) em R$11,3 bilhões, ao mesmo tempo em que a área de seguros apresentou crescimento de 14%, atingindo R$3,2 bilhões. Na comparação trimestral, houve aumento de 1% e 7,5%, respectivamente.

O Índice de Basileia consolidado prudencial ficou em 16,5%, de 15,7% no final de março e 16,6% um ano antes, com o índice de capital nível I em 14,6% e o índice de capital principal em 13,1%. O índice de eficiência consolidado, por sua vez, alcançou 38,8%, acima dos 38,1% em março.

Em junho, o Itaú operava com 2.738 agências e correspondentes bancários, tendo contabilizado 2.795 unidades em março de 2024 e 3.021 estabelecimentos no mesmo período de 2024.

A diretoria também aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor de R$0,3634 por ação, com vencimento em 29 de agosto.

O banco informou que continuará exercendo a opção de resgate da totalidade de suas Notas Subordinadas Nível 1 lançadas em 27 de fevereiro de 2020, no valor de US$700 milhões, e em 19 de março de 2018, no valor de US$750 milhões.

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Fonte por: CNN Brasil