O Exército israelense questiona os dados e afirma que suas tropas realizaram “disparos de advertência” contra a população.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, sob controle do Hamas, declarou que, em domingo (20.jul.2025), pelo menos 67 palestinos morreram devido a disparos israelenses ao aguardar ajuda humanitária da ONU (Organização das Nações Unidas) no norte do território palestino. Várias pessoas também ficaram feridas, de acordo com o governo local.
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As forças israelenses, contudo, alegaram que suas tropas dispararam apenas tiros de aviso contra uma multidão diante de uma ameaça imediata. Também sugeriram que o número de vítimas foi exagerado, conforme informações da agência Reuters. “Israel certamente não ataca intencionalmente convoyes de ajuda humanitária”, declarou o Exército em comunicado.
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As autoridades de saúde palestinas contabilizaram 88 mortos por disparos e ataques aéreos israelenses em toda a Faixa de Gaza no domingo (20.jul). No sábado (19.jul), 36 palestinos foram mortos em circunstâncias semelhantes, declarou o governo local. Mais 6 pessoas faleceram próximo a outro ponto de distribuição de assistência no sul do território.
Após o Exército israelense lançar panfletos pedindo a evacuação de bairros em Deir al-Balah, no centro de Gaza, ataques aéreos israelenses bombardearam três residências na área, levando à fuga de dezenas de famílias.
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Milhões de indivíduos deslocados estão abrigados na área de Deir al-Balah, que agora recebeu ordem de evacuação. As FDI (Forças de Defesa de Israel) afirmaram que continuam a operar com grande força para destruir as capacidades do inimigo e a infraestrutura terrorista na área.
A crise humanitária em Gaza se agravou após mais de 21 meses de conflito. O Ministério da Saúde local relatou que 71 crianças faleceram por desnutrição durante o período, e 60 mil outras apresentam sintomas de desnutrição. Em últimas 24 horas, 18 pessoas morreram de fome, de acordo com as autoridades de saúde.
O Ministério da Saúde declarou que centenas de pessoas com corpos definhando correm risco iminente de morte devido à fome.
O conflito presente iniciou-se em 7 de outubro de 2023, com a ação de militantes liderados pelo Hamas em Israel, que causou a morte de 1.200 indivíduos e o sequestro de 251 reféns para Gaza. A operação militar israelense contra o Hamas já resultou na morte de mais de 58.000 palestinos, conforme dados de órgãos de saúde locais, além de provocar o deslocamento da população quase total do território.
Israel e Hamas estão conduzindo negociações indiretas em Doha, visando estabelecer uma trégua de 60 dias e um acordo sobre os reféns. Não há indicadores de progresso nas discussões até o momento.
O Exército israelense declarou que considera a transferência de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza uma questão de extrema importância e trabalha para possibilitar e facilitar sua entrada em coordenação com a comunidade internacional. A ONU adverte que os civis necessitam urgentemente de assistência humanitária.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.