As autoridades relataram ter aberto fogo para defender a minoria drusa e assegurar que a área próxima à fronteira permanecesse desmilitarizada.
O Israel conduziu ataques contra as forças governamentais sírias na região de Sweida, no sul da Síria, na terça-feira (15), afirmando estar agindo para proteger a minoria druza e prometendo assegurar que a área próxima à fronteira israelense permaneça desmilitarizada.
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Um jornalista da Reuters ouviu pelo menos quatro ataques, com o som de drones, e observou um tanque danificado sendo rebocado para longe da cidade, onde houve explosões de tiros durante a violência, que se estendeu ao terceiro dia.
O incremento da violência na cidade, notadamente entre a comunidade drusa, representa o mais recente desafio para o presidente interino Ahmed al-Sharaa em uma região da Síria onde Israel assegurou a proteção da minoria drusa.
Os drusos são uma comunidade árabe de aproximadamente um milhão de pessoas que residem principalmente na Síria, no Líbano e em Israel. Originários do Egito no século XI, o grupo adota uma vertente do Islamismo que não admite conversões – nem de ou para a religião – nem casamentos mistos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, ordenaram aos militares “a atacar imediatamente as forças do regime e o armamento que foram trazidos para a região de Sweida… para as operações do regime contra os drusos”, disseram em um comunicado.
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Israel está comprometido em evitar prejuízos aos drusos na Síria devido à profunda aliança de irmandade com nossos cidadãos drusos em Israel. Estamos agindo para impedir que o regime sírio os prejudique e para garantir a desmilitarização da área adjacente à nossa fronteira com a Síria.
Na terça-feira (15), o líder druso Hikmat al-Hajri divulgou uma declaração acusando as forças governamentais sírias de infringir um acordo de cessar-fogo e realizar ataques a bombardeio contra a cidade, instigando os combatentes a resistir às tropas do governo.
Posteriormente, o ministro da Defesa da Síria, Murhaf Abu Qasra, comunicou que um regime de cessar-fogo abrangente estava em prática, afirmando que as forças governamentais somente utilizariam a força letal em caso de serem atacadas.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.