Israel considera pedidos do Hamas como inaceitáveis

Israel declarou, no sábado (5.jul.2025), que as modificações sugeridas pelo Hamas em um acordo de pausa militar são “inaceitáveis”. Contudo, o país enviará embaixadores ao Catar na segunda-feira (6.jul) para analisar uma possível suspensão das hostilidades. A informação foi divulgada pelo governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, pelas redes sociais, dois dias antes do encontro agendado entre o chefe de governo israelense e Donald Trump (Republicano) na Casa Branca.

As alterações que o Hamas propõe à proposta do Catar são inaceitáveis para Israel, afirmou o gabinete de Netanyahu no comunicado. O governo israelense declarou, contudo, que a delegação viajará a Doha para “dar continuidade aos esforços de garantir o retorno de nossos reféns com base na proposta do Qatar, a qual Israel já deu seu aval”.

O Hamas anunciou na sexta-feira (4 de julho) uma resposta favorável à proposta de cessar-fogo, com o apoio dos Estados Unidos. Trump afirmou que Israel havia concordado com as condições necessárias para concluir a trégua de 60 dias.

Leia também:

África do Sul rejeita ser “anti-americana” após nova ameaça tarifária de Trump

Dólar avança em cenário de incertezas em relação a tarifas e risco provocado pela declaração de Trump sobre o Brics

Mercado revisa para baixo projeção do IPCA para 2025 e observa expansão do PIB

Netanyahu, contudo, mantém que o Hamas deve renunciar às armas, uma exigência que o grupo rejeita até o presente.

Não se conhece ainda quais alterações o Hamas propõe que Israel considere inaceitáveis, nem os detalhes específicos sobre como as partes visam superar as divergências nas negociações.

As negociações estão sendo conduzidas em Doha, capital do Qatar, país que tem atuado como mediador no conflito entre israelenses e palestinos.

Após as conversas no Qatar, Netanyahu seguirá para Washington. O primeiro-ministro se encontrará com Trump na segunda-feira (7 de julho). A operação militar israelense em Gaza continua provocando uma crise humanitária, com o deslocamento interno de toda a população local.

Em 7 de outubro de 2023, os acontecimentos que levaram a esta fase do conflito se iniciaram. O grupo Hamas lançou um ataque à região sul de Israel, causando a morte de cerca de 1.200 indivíduos e o sequestro de 251 pessoas, conforme informações israelenses.

De um total de 251 reféns capturados pelo Hamas em outubro de 2023, estima-se que apenas 20 estejam vivos. O Ministério da Saúde de Gaza contabiliza mais de 57 mil mortos como resultado da ofensiva militar israelense que se seguiu aos ataques.

Fonte por: Poder 360