Israel avança com uma nova fase do conflito em Gaza

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reuniu ministros para solicitar o aumento dos ataques e a ocupação de novas áreas do enclave palestino.

05/08/2025 8:10

4 min de leitura

Israel avança com uma nova fase do conflito em Gaza
(Imagem de reprodução da internet).

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu seu gabinete de segurança nesta terça-feira, 5, para planejar uma nova etapa na guerra na Faixa de Gaza, e retomou a autorização parcial do comércio do setor privado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A reunião do gabinete, divulgada pela mídia, mas sem confirmação oficial até o momento, ocorrerá em paralelo com uma sessão da ONU focada na questão dos reféns israelenses em Gaza, conforme solicitado por Israel, que busca que o assunto seja o “centro da agenda mundial”.

Ocorrerá, nesta terça-feira, uma reunião de segurança no gabinete do primeiro-ministro, com a participação dos ministros da Defesa e de Assuntos Estratégicos e o comandante do Estado-Maior do Exército, informou o canal de televisão N12.

Leia também:

De acordo com a rádio pública Kan, citando fontes do governo que preferiram não ser identificadas, “Netanyahu deseja que o Exército de Israel ocupe toda a Faixa de Gaza”.

A situação está encaminhada.

Diversos ministros que dialogaram com o primeiro-ministro confirmaram que ele decidiu ampliar o combate para as áreas onde os reféns podem estar detidos, de acordo com a emissora.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A sorte está lançada. Vamos em busca da conquista total da Faixa de Gaza, afirma o jornal Ma’ariv.

Desde o ataque do movimento islamista palestino em seu território em 7 de outubro de 2023, Israel enfrenta uma pressão crescente para solucionar o conflito.

Netanyahu enfrenta uma pressão dupla: em Israel devido à situação dos 49 reféns capturados em 7 de outubro, que permanecem em cativeiro, dos quais 27 teriam falecido, conforme o Exército; e no restante do mundo em razão do sofrimento dos mais de dois milhão de palestinos que residem na Faixa de Gaza, devastada e ameaçada por uma “fome generalizada”, segundo a ONU.

Na terça-feira seguinte, o Cogat autorizou novamente a entrada limitada de bens comerciais no enclave, de maneira “controlada e gradual”.

O objetivo é incrementar o fluxo de assistência que chega à Faixa de Gaza e, simultaneamente, diminuir a dependência do apoio fornecido pelas Nações Unidas e outras organizações internacionais.

O organismo esclareceu que “um número limitado de comerciantes locais” poderá enviar “produtos alimentares básicos, alimentos para bebês, frutas e verduras e itens de higiene” a Gaza.

O objetivo permanece ser implementar todas as medidas possíveis para evitar a participação do Hamas no fornecimento e distribuição de assistência.

Referências

Israel implementou um bloqueio completo a Gaza em 2 de março e revogou a medida em maio, permitindo a entrada de quantidades extremamente restritas, consideradas inadequadas pela ONU.

A comunidade internacional exige que Israel autorize o incremento da assistência.

Negar o acesso aos alimentos à população civil pode constituir um crime de guerra ou até mesmo um crime contra a humanidade, declarou na segunda-feira o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.

Desde o final de maio, com a implementação de um novo sistema de distribuição de ajuda pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), apoiada por Estados Unidos e Israel, pelo menos 1.373 palestinos faleceram, na maioria por disparos israelenses, “ao buscar alimentos”, conforme denunciou a ONU na semana passada.

O Hamas alega que Israel está intencionalmente gerando uma situação de “caos” e de “organizar a fome”.

Em Israel, o ataque de 7 de outubro de 2023 resultou na morte de 1.219 indivíduos, sendo a maioria deles civis, conforme apuração da AFP com base em informações oficiais.

Em Gaza, a operação israelense responde causou a morte de mais de 60.900 indivíduos, predominantemente civis, conforme os números divulgados pelo Ministério da Saúde do território, sob o controle do Hamas desde 2007. A Organização das Nações Unidas considera os dados confiáveis.

Na Israel, o debate sobre a urgência de se buscar um acordo para a libertação dos reféns intensificou-se no final da semana, após a publicação de vídeos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica que exibiam dois sequestradores israelenses em estado avançado de fraqueza e desnutrição.

Muitos israelenses, especialmente as famílias dos reféns, clamam pelo fim da guerra para que estes possam retornar para casa.

Netanyahu afirma que está conduzindo Israel à ruína e os reféns à morte, acusando o Fórum de Famílias de Reféns, a principal organização de parentes dos sequestrados.

Fonte por: Carta Capital

Aqui no Clique Fatos, nossas notícias são escritas com a ajudinha de uma inteligência artificial super fofa! 🤖💖 Nós nos esforçamos para trazer informações legais e confiáveis, mas sempre vale a pena dar uma conferida em outras fontes também, tá? Obrigado por visitar a gente você é 10/10! 😊 Com carinho, Equipe Clique Fatos📰 (P.S.: Se encontrar algo estranho, pode nos avisar! Adoramos feedbacks fofinhos! 💌)