Israel avalia a resposta do Hamas ao projeto de cessar-fogo em Gaza

Israel avalia a proposta do Hamas sobre um cessar-fogo em Gaza por 60 dias e a liberação de metade dos reféns ainda mantidos no território palestino, afirmaram duas fontes israelenses nesta terça-feira (19).

Os esforços para cessar os confrontos retomaram força na semana passada com o anúncio de Israel sobre a intenção de lançar uma nova operação para assumir o controle da Cidade de Gaza, no centro do território.

Os mediadores do Egito e do Catar têm pressionado para retomar negociações indiretas entre as partes sobre um plano de cessar-fogo apoiado pelos Estados Unidos.

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A proposta contempla a soltura de 200 prisioneiros palestinos detidos em Israel e um número não definido de mulheres e adolescentes presos, em troca de 10 reféns vivos e 18 corpos de Gaza, conforme declarado por um representante do Hamas.

Duas fontes egípcias confirmaram os detalhes e adicionaram que o Hamas também solicitou a libertação de centenas de detidos em Gaza.

Israel afirma que 50 reféns estão sob custódia em Gaza, sendo 20 deles ainda vivos.

Israel exige a libertação de todos os 50 reféns, de acordo com os princípios estabelecidos pelo gabinete para o fim da guerra. Estamos na fase final e decisiva do Hamas e não deixaremos nenhum refém para trás.

Espera-se que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convoque discussões sobre a proposta de cessar-fogo em breve. Uma resposta estava prevista nos próximos dois dias, segundo uma fonte palestina próxima às negociações.

O representante do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, afirmou que o acordo de trégua de 60 dias contemplaria “um caminho para um acordo abrangente para finalizar a guerra”.

A proposta contempla a remoção de parte das tropas israelenses, que detêm o controle sobre 75% de Gaza, e a admissão de maior assistência humanitária na região, onde uma população de 2,2 milhões de indivíduos enfrenta crescente insegurança alimentar.

Israel já havia concordado com o esboço, proposto pelo enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, porém as negociações falharam em certos pontos. A última série de negociações chegou a um impasse no final de julho.

Fonte por: CNN Brasil