Israel ataca novamente edifício em Gaza e amplia operações na faixa de Gaza
O Ministério da Defesa de Israel aumentou, nas últimas semanas, os ataques aéreos e as ações militares no território.

O exército israelense bombardeou, no domingo 7, mais um prédio residencial em Gaza. De acordo com o porta-voz da Defesa Civil do território palestino, Mahmoud Bassal, os ataques aéreos resultaram em pelo menos um falecimento.
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As forças israelenses solicitaram, anteriormente, a evacuação do edifício Al-Rouya, situado no sudoeste da cidade de Gaza, a maior do enclave. O prédio era “utilizado pela organização terrorista Hamas”, conforme comunicado pelo Exército israelense. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou que aproximadamente 100 mil moradores já abandonaram a área, onde residem quase um milhão de pessoas.
Ao fim de semana, mais duas edificações residenciais foram demolidas pelas forças israelenses em Gaza. No sábado, 6, o Exército pediu que a população se deslocasse para a zona denominada “humanitária” de al-Mawassi, no sul. De acordo com os militares, a área possui infraestrutura humanitária e está munida de alimentos e medicamentos.
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Netanyahu anunciou a expansão das operações militares em Gaza, com o objetivo de assumir o controle da cidade. “Estamos ampliando nossas operações nos arredores e dentro da própria cidade de Gaza”, declarou o primeiro-ministro aos ministros, no início da reunião semanal do gabinete, segundo vídeo divulgado por seu escritório.
O Exército israelense intensificou, nas últimas semanas, os bombardeios e as operações terrestres na região. As forças armadas afirmam controlar 40% da área, considerada o último grande reduto do movimento Hamas na Faixa de Gaza, após 23 meses de guerra. O conflito foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
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Ações isoladas
O reconhecimento de um Estado palestino por países ocidentais pode levar Israel a adotar medidas unilaterais, incluindo a anexação de áreas da Cisjordânia ocupada, declarou o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, no domingo.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou em julho que Paris reconhecerá um Estado da Palestina na Assembleia Geral da ONU, previsto para o final de setembro. Outros países, como Canadá, Austrália e Bélgica, também expressaram a mesma intenção.
O governo britânico anunciou, em agosto, que seguirá por esse caminho se não for implementado um cessar-fogo em Gaza.
“Países como França e Reino Unido, que promoveram o reconhecimento de um Estado palestino, cometeram um erro significativo”, declarou Saar em coletiva de imprensa com o chanceler dinamarquês Lars Løkke Rasmussen, durante sua visita a Jerusalém. “Isto dificultaria ainda mais a obtenção da paz e levaria Israel a também adotar medidas unilaterais”, afirmou.
O rei Abdullah II da Jordânia reiterou, no domingo, sua rejeição a quaisquer medidas israelenses de anexação à Cisjordânia, durante encontro em Abu Dhabi com o presidente Mohammed bin Zayed Al Nahyan. Os dois também condenaram posições e declarações israelenses que representam uma ameaça à soberania dos Estados da região.
Repescadas
O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, afirmou no domingo, em entrevista à BBC, que o reconhecimento de um Estado palestino seria “desastroso”.
Huckabee afirmou que declarar unilateralmente um Estado palestino representa uma violação dos Acordos de Oslo, estabelecidos entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), sob a liderança de Yasser Arafat.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou na quinta-feira que advertiu Paris e outras capitais sobre potenciais retaliações por parte de Israel, incluindo a anexação de territórios na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967. Rubio se manteve reservado ao criticar o mais recente plano de colonização na Cisjordânia, aprovado por Israel em agosto.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.