Israel aprova a construção de 22 novos assentamentos judaicos na Cisjordânia

O direito internacional considera ilegal a ocupação de territórios; aproximadamente 700 mil colonos residem em áreas palestinas.

29/05/2025 17:47

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Israel aprova a construção de 22 novos assentamentos judaicos na Cisjordânia

O governo de Israel permitiu a construção de 22 novos assentamentos judaicos no norte da Cisjordânia ocupada. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29.maio.2025) pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, em meio à guerra na Faixa de Gaza. As informações foram divulgadas pela agência Reuters.

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De acordo com o governo israelense, uma porção dos assentamentos se trata de “postos avançados” já existentes. Smotrich, político ultranacionalista da coalizão de direita, defende há anos a soberania israelense sobre a Cisjordânia. O direito internacional considera ilegal esse tipo de ocupação do território palestino.

Atualmente, aproximadamente 700 mil colonos israelenses residem entre 2,7 milhões de palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados por Israel desde a guerra de 1967. A presença israelense na área palestina se intensificou a partir do início do conflito com o Hamas na Faixa de Gaza, em 8 de outubro de 2023.

Yisrael Ganz, presidente do Conselho Yesha —que representa os assentamentos judaicos e é aliado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu— elogiou a iniciativa. “Esta decisão histórica envia uma mensagem clara: estamos aqui para ficar e para fortalecer a segurança de todos os residentes de Israel.”

A organização israelense de direitos humanos B’Tselem acusou o governo de promover a “supremacia judaica” por meio do desvio de terras palestinas e criticou a comunidade internacional por tolerar tais ações. Já o grupo Breaking the Silence, composto por veteranos das Forças Armadas israelenses, afirmou que a decisão legitima colonos violentos e é influenciada por uma ideologia extremista.

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Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente Mahmoud Abbas, considerou os novos assentamentos como uma “escalada perigosa” e acusou o governo israelense de tentar impedir a criação de um Estado palestino. “Este governo extremista está arrastando a região para um ciclo de violência e instabilidade”, declarou.

Sami Abu Zuhri, representante do Hamas, declarou que a ação se configura como “uma guerra liderada por Benjamin Netanyahu [primeiro-ministro de Israel] contra o povo palestino” e solicitou medidas concretas dos Estados Unidos e da União Europeia.

Hamish Falconer, ministro britânico para o Oriente Médio, também condenou a medida. Ele afirmou que os assentamentos são ilegais sob o direito internacional e “colocam em risco a solução de dois Estados”. Reino Unido, França e Canadá já alertaram Israel neste mês sobre possíveis sanções caso a expansão continue. Um número crescente de países europeus também pressiona Tel Aviv pelo fim da ofensiva em Gaza.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.