Israel afirma que está conduzindo negociações para receber palestinos, em colaboração com outros países
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirma que países almejam obter compensações financeiras e apoio internacional substanciais em troca de sua ace…

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que existem negociações em curso com diversos países acerca da recepção de palestinos deslocados pela guerra em Gaza.
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De acordo com uma fonte israelense de alto escalão citada pela CNN, os países envolvidos são Sudão do Sul, Somalilândia, Etiópia, Líbia e Indonésia.
Em contrapartida ao receber o apoio de mais de dois milhões de habitantes de Gaza, a entidade afirmou que procura “indenizações financeiras e apoio internacional substancial”.
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Na quarta-feira (13), o Sudão do Sul negou uma reportagem da agência de notícias Associated Press sobre que estaria em negociações sobre o reassentamento de palestinos, afirmando em um comunicado que as reportagens eram “infundadas e não refletiam a posição oficial” do país.
No início deste ano, o Somalilãndia também informou que não ocorreram tais negociações.
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A Indonésia declarou-se apta a receber 2 mil palestinos de Gaza para tratamento, com a condição de que retornariam a Gaza após a recuperação.
Netanyahu não apresentou uma visão detalhada sobre o futuro do território após o conflito, mas defendeu consistentemente a realocação de palestinos desabrigados em outros países, sobretudo após o presidente Donald Trump ter proposto a ideia no início do ano.
Apesar do republicano parecer estar perdendo força na proposta, autoridades israelenses a receberam.
Netanyahu declarou na entrevista à rede israelense i24 que o plano “não previa a expulsão” dos palestinos, mas sim “permitir que eles partissem”.
“Aqueles que afirmam se preocupar com os palestinos e desejam auxiliá-los”, declarou ele, “deveriam abrir suas portas”.
“Por que estão vindo e nos pregando?! Abram suas portas”, acrescentou.
Os comentários ocorrem em um momento em que há crescente alerta internacional sobre o plano do Israel de tomar a cidade de Gaza, que abriga mais de um milhão de palestinos, muitos dos quais já foram deslocados pela guerra.
A cidade densamente povoada segue sofrendo ataques israelenses, com um balanço preliminar de 123 mortos em 24 horas em Gaza, conforme dados divulgados na quarta-feira (13) pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Setenta e oito organizações humanitárias solicitaram a Israel que cesse o que consideram a militarização da assistência humanitária em Gaza, alegando que ajuda essencial não está sendo acessível devido ao cerco e à fome que afligem o território.
Shaina Low, assessora de Comunicação do Conselho Norueguês para Refugiados, afirmou que qualquer proposta de realocação de palestinos, seja em Gaza ou para outros países, é considerada “inaceitável”.
Eles não são aceitos pelo direito internacional. Não são aceitáveis para os palestinos. E não deveriam ser aceitáveis para a comunidade internacional.
Netanyahu e a “Grande Israel”.
Durante a entrevista, Netanyahu também foi questionado pela âncora da rede i24News, Sharon Gal, se o primeiro-ministro “se conecta” com a visão de um “Grande Israel”, ao que ele respondeu: “Muito”.
O termo “Grande Israel” se refere a um Estado de Israel que vai além das fronteiras atuais, sendo também utilizado para se referir ao Israel bíblico, abrangendo territórios dos atuais Egito, Síria, Jordânia e Líbano.
Os comentários foram recebidos com declarações contundentes de diversos Estados Árabes, que condenaram o uso do termo como provocativo e prejudicial à paz.
O Egito solicitou explicações sobre o termo, considerando suas implicações de incitar instabilidade e refletir uma rejeição à busca pela paz na região, bem como uma persistência na escalada, conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
A Arábia Saudita declarou expressar a forte rejeição aos planos de expansão e de assentamento implementados pelas autoridades ocupantes israelenses.
O Catar afirmou que o termo em questão é uma extensão da abordagem da ocupação baseada na arrogância, fomentando crises e conflitos e infringindo flagrantemente a soberania dos Estados.
A entrevista entre Gal e Netanyahu sobre o “Grande Israel” não foi exibida na íntegra no canal oficial, mas uma versão mais extensa com os comentários de Netanyahu foi publicada na conta de Gal no X.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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