Israel determinou nesta segunda-feira (8) que os residentes da cidade de Gaza abandonem imediatamente, após avisar que aumentaria os ataques aéreos e as operações terrestres na Faixa de Gaza, em um “furacão poderoso”, caso o Hamas não libertasse os últimos reféns mantidos em cativeiro e não se render.

Os militares israelenses, em um comunicado que classificaram como aviso final, informaram ao grupo militante palestino que Gaza seria devastada caso não ocorresse o desarmamento e a libertação dos 48 sequestradores capturados nos ataques de 2023 contra Israel, que originaram a guerra em Gaza.

Tropas israelenses realizaram ataques aéreos sobre a cidade de Gaza, bombardeando ruas e detonando veículos blindados antigos.

O Hamas, por sua vez, analisava a proposta de cessar-fogo dos EUA, apresentada no domingo com a declaração do presidente Donald Trump de que representava a “última oportunidade” do grupo.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou aos moradores de Gaza: “Vocês foram avisados, saiam de lá!”. Acrescentou que Israel abateu 50 “torres terroristas” nos últimos dias, anunciando uma futura “operação terrestre” na cidade.

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Um “furacão poderoso” atingirá os céus de Gaza hoje, e os telhados das “torres terroristas” tremerão, escreveu o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, no X.

“Este é um aviso final aos assassinos e estupradores do Hamas em Gaza e nos hotéis de luxo no exterior: libertem os reféns e deponham suas armas ou Gaza será destruída e vocês serão aniquilados”, acrescentou ele.

A publicação de Katz ocorreu antes de relatos de um tiroteio em um ponto de ônibus em Jerusalém, que ceifou a vida de seis pessoas, entre elas um cidadão espanhol. O Hamas manifestou apoio aos agressores.

Ataques a prédios no coração de Gaza

O Exército de Defesa de Israel (FDI) bombardeou um edifício de 12 andares no centro da Cidade de Gaza, onde inúmeras famílias desabrigadas estavam abrigadas, três horas após solicitar que todos que se encontravam lá dentro e em centenas de acampamentos na área ao redor partissem.

As FDI afirmaram em comunicado que combatentes do Hamas que “plantaram meios de coleta de informações” e dispositivos explosivos operavam próximo ao edifício e “os utilizaram durante toda a guerra para planejar e executar ataques terroristas contra as forças das FDI”.

Uma alta autoridade israelense afirmou que a proposta mais recente dos EUA exige que o Hamas libere todos os 48 reféns, vivos ou mortos, no primeiro dia de um cessar-fogo, com negociações para finalizar a guerra.

O Hamas tem afirmado há muito tempo que pretende conservar alguns reféns até que as negociações sejam finalizadas.

Declarou estar comprometido em libertá-los com um “anúncio claro do fim da guerra” e da retirada das forças israelenses.

O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, instou os líderes políticos do Hamas a “responderem positivamente” ao mais recente acordo de cessar-fogo em Gaza proposto pelos EUA durante as negociações em Doha nesta segunda-feira (8), informou a Reuters uma autoridade sobre as negociações.

O primeiro-ministro do Catar buscou que o Hamas respondesse positivamente à última proposta americana, comunicada por meio de mediadores, que visa assegurar um cessar-fogo e um acordo de libertação de reféns em Gaza.

Bassem Naim, alto funcionário do Hamas, declarou na segunda-feira que a proposta de cessar-fogo dos EUA em Gaza era meramente uma série de ideias “preliminares”.

Deu-se evidência de que o objetivo primordial é a rejeição da proposta e não a um entendimento que encerre o conflito, declarou ele em uma publicação em seu canal do Telegram, sem apresentar a posição oficial do grupo.

Fonte por: CNN Brasil