Irão se recusa a renunciar à ampliação da produção de urânio; compreenda
O líder supremo iraniano vê como uma ameaça à independência do país o pedido dos Estados Unidos, durante as negociações sobre o programa nuclear.

O líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, rejeitou veementemente a proposta dos Estados Unidos para que o país deixe de enriquecer urânio. A decisão foi comunicada após seis rodadas de negociações sobre o programa nuclear iraniano.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Khamenei declarou que renunciar ao enriquecimento de urânio é “100% contra os interesses do país”, classificando a exigência americana como uma ameaça à independência iraniana.
Essa posição se distingue da proposta dos Estados Unidos, que visava manter a estrutura de acúmulo, ainda que com a constituição de um consórcio internacional para a sua fiscalização.
A intenção da proposta americana era assegurar que o urânio embebido não alcançasse o nível necessário para ser empregado como combustível em armas atômicas.
Contudo, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Harak, reiterou que “sem enriquecimento não há acordo”, embora tenha se mostrado disposto a impedir o desenvolvimento de armas nucleares.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O Irã alega que o urânio enriquecido é empregado para alimentar usinas nucleares que geram eletricidade para o país.
Ademais, o Irã é signatária do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que possibilita o desenvolvimento de tecnologias para fins pacíficos da energia nuclear.
Em meio às negociações, fontes da inteligência americana indicam que Israel planeja um novo ataque ao programa nuclear iraniano.
Essa situação tem suscitado preocupações acerca de um possível aumento de conflitos no Oriente Médio.
A situação é agravada pelo recente demonstrado poderio militar de Israel em relação aos seus principais concorrentes na região, incluindo o Irã.
Analistas indicam que um ataque israelense às instalações nucleares iranianas pode ocorrer, mesmo sem o apoio direto dos Estados Unidos.
O bloqueio nas negociações e as tensões regionais evidenciam a complexidade do problema nuclear iraniano e os obstáculos para se obter um acordo que atenda a todos os atores envolvidos.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.