O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, e os chefes de governo da França, Reino Unido e Alemanha, concordaram em reiniciar as negociações sobre questões nucleares e sanções na próxima semana, segundo a mídia estatal iraniana.
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A Alemanha, França e Reino Unido ameaçaram reativar as sanções da ONU contra o Irã por meio de um mecanismo de “snapback” se Teerã não retomasse as negociações sobre um acordo para limitar seu programa de enriquecimento de urânio.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, confirmou as negociações na próxima semana e alertou o Irã de que as sanções seriam reativadas, caso o país não alcance um acordo verificável e sustentável para mitigar as preocupações sobre suas intenções nucleares.
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Wadephul ressaltou que o tempo é extremamente limitado e que o Iraque necessita se comprometer de forma significativa.
A mídia estatal iraniana comunicou que Araqchi e os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França e Alemanha concordaram que os vice-ministros das Relações Exteriores retomariam as negociações na terça-feira.
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Durante a ligação, Araqchi “destacou a falta de competência jurídica e ética desses países ao recorrer ao mecanismo (snapback) e alertou sobre as consequências dessa ação”, informou a mídia iraniana.
A União Europeia, juntamente com os Estados Unidos, sustenta que o Irã está utilizando o programa nuclear com o objetivo de desenvolver potencialmente a capacidade de produzir armas, o que representaria uma violação do Tratado de Não Proliferação.
O Irã declara que almeja unicamente a energia nuclear para fins civis.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de vigilância nuclear da ONU, afirmou que o Irã não se encontra em nenhuma condição de desenvolver uma arma nuclear.
Em março, a diretora de inteligência nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, declarou que as agências de inteligência não identificaram evidências de que o Irã estivesse avançando em direção a uma arma nuclear.
O Irã suspendeu as negociações nucleares com os Estados Unidos, após os EUA e Israel terem realizado ataques às suas instalações nucleares durante a Guerra dos Cem Dias em junho.
Desde então, os inspetores da AIEA não obtiveram acesso às instalações nucleares do Irã, embora o diretor-chefe da AIEA, Rafael Grossi, tenha afirmado que as inspeções continuam sendo fundamentais.
Fonte por: CNN Brasil