O presidente iraniano estabeleceu a exigência para que o país retome a colaboração com o organismo.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou nesta quinta-feira (10) que a agência nuclear da ONU deveria cessar seus “padrões duplos” se Teerã desejar retomar a cooperação com ela em relação ao programa nuclear da República Islâmica, segundo a mídia estatal iraniana.
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Pezeshkian decretou na semana passada uma lei que suspende a colaboração com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), e a AIEA comunicou a retirada de seus últimos inspetores do Irã.
As relações entre o país e a agência se deterioraram após os Estados Unidos e Israel bombardearem instalações nucleares iranianas em junho, sob a alegação de que visavam impedir que Teerã desenvolvesse uma arma atômica.
O Irã declara que seu programa nuclear possui fins exclusivamente pacíficos e nega a intenção de desenvolver armas atômicas.
A manutenção da cooperação do Irã com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) depende da correção por parte desta de suas dúvidas relativas à questão nuclear, declarou Pezeshkian, em contato telefônico com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, conforme reportado pela mídia estatal.
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Qualquer agressão repetida (contra o Irã) será recebida com uma resposta mais contundente e infeliz.
Teerã acusa a AIEA de não condenar os ataques dos Estados Unidos e de Israel e afirma que a agência nuclear abriu caminho para o bombardeio ao emitir uma resolução declarando o Irã em violação de suas obrigações de não proliferação.
A falta de observância do princípio de imparcialidade nos relatórios é um dos exemplos que levanta questionamentos sobre o status e a credibilidade da AIEA, afirmou Pezeshkian.
O ataque às instalações nucleares do Irã desencadeou uma guerra de 12 dias, durante a qual Teerã lançou drones e mísseis contra Israel.
Os inspetores da agência não conseguiram inspecionar as instalações iranianas desde a campanha de bombardeios, ainda que o chefe da AIEA, Rafael Grossi, tenha declarado que essa é sua principal prioridade.
Fonte por: CNN Brasil
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Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.