Biden e Putin assinam acordo de congelamento das sanções em meio a tensões geopolíticas.
O Irã e a Rússia formalizaram um acordo de investimento de 25 bilhões de dólares (aproximadamente 134 bilhões de reais) para a construção de quatro novas usinas nucleares dentro da República Islâmica. A informação foi divulgada pela televisão estatal iraniana na sexta-feira, 26 de julho, em um momento crucial, antecedendo o retorno de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o país.
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O contrato foi selado entre a empresa iraniana Hormoz e a gigante russa Rosatom, com o objetivo de construir as usinas nos locais de Sirik e Hormozgan. O Irã já possui uma central nuclear em operação, a de Bushehr, com capacidade de 1.000 megawatts, que não atende à demanda energética do país.
As novas usinas, previstas para ter capacidade de 1.255 megawatts cada, representam um avanço significativo na busca do Irã por energia. No entanto, detalhes sobre o cronograma de construção das usinas ainda não foram divulgados publicamente.
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O anúncio do acordo ocorreu em meio à preparação para o retorno das sanções automáticas, conhecidas como “snapback”, ativadas pelos países europeus que participaram do acordo nuclear de 2015. Reino Unido, França e Alemanha iniciaram o processo de reativação das sanções após acusarem o Irã de não cumprir seus compromissos.
A China e a Rússia propuseram uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU para permitir seis meses adicionais de negociações, mas a aprovação do texto é incerta. A disputa nuclear do Irã, com acusações de buscar desenvolver armas nucleares, continua sendo um ponto de tensão entre o país e os países ocidentais.
O governo dos Estados Unidos, sob a administração anterior, retirou-se do acordo nuclear em 2018, o que levou o Irã a suspender parte de seus compromissos. Apesar das negociações entre Washington e Teerã, as recentes ações de Israel contra instalações nucleares iranianas intensificaram as tensões e interromperam o processo de diálogo.
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.