Irã é acusado de lançar míssil com ogiva de fragmentação por Israel
Segundo relatos da mídia israelense, o Exército israelense informou que a ogiva do míssil se rompeu a uma altitude aproximada de 7 km e desprendeu aproximadamente 20 submunhões.

As forças israelenses acusaram o Irã de lançar um míssil na quinta-feira (19), que disseminou pequenas bombas com o propósito de elevar o número de vítimas civis em Israel .
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É o primeiro registro do emprego de munições de fragmentação desde o início do conflito, ocorrido há quase uma semana.
As Forças Armadas Irã lançaram um míssil que incluía submunições de fragmentação contra uma área civil densamente povoada em Israel, declarou a embaixada de Israel em Washington em um e-mail para a Reuters que não identificou o local alvo.
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As armas de fragmentação são projetadas para se espalhar por uma vasta área e aumentar as chances de um ataque danoso, seguia o e-mail.
O Irã lançou ilegal e deliberadamente ataques contra centros urbanos civis, buscando ampliar os prejuízos à população nesses locais utilizando munições de grande alcance, constatou-se.
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O Irã não respondeu prontamente a um pedido de esclarecimento.
Segundo relatos da mídia israelense, o Exército israelense informou que a ogiva do míssil se rompeu a uma altitude de aproximadamente 7 km e lançou cerca de 20 cargas explosivas em um raio de 8 km sobre o centro de Israel.
Uma pequena munição atingiu uma residência em Azor, no centro de Israel, provocando alguns danos, relatou o correspondente militar do Times of Israel, Emanuel Fabian. Não houve notícias de vítimas do ataque.
As bombas de fragmentação são controversas devido à sua dispersão indiscriminada de submunhões, algumas das quais podem não explodir e causar mortes ou ferimentos prolongados após o término do conflito.
O Exército israelense divulgou um gráfico como um alerta público sobre os riscos de munições não detonadas.
O terrorismo visa prejudicar civis e até mesmo emprega armas de fácil acesso para ampliar os danos, afirmou o chefe de operações militares de Israel, Brigadeiro-General Effie Defrin, em uma conferência de imprensa.
Daryl Kimball, diretor executivo da Associação de Controle de Armas, afirmou: “São armas terríveis, com grande poder de destruição, especialmente se utilizadas em áreas povoadas por civis, e podem complementar os explosivos não detonados remanescentes de conflitos.”
Considerando que os mísseis iranianos apresentam imprecisão, ele afirmou que Teerã deveria estar ciente de que os projéteis de fragmentação “atingiriam alvos civis e não militares”.
Irã e Israel recusaram-se a aderir à proibição internacional de 2008 sobre a produção, armazenamento, transferência e uso de bombas de fragmentação, que foi assinada por 111 países e 12 outras entidades.
Após extensa discussão, os Estados Unidos forneceram à Ucrânia, em 2023, munições de fragmentação para uso contra as forças de ocupação russas.
Kiev alega que tropas russas também as atacaram. Os três países se recusaram a aderir à Convenção sobre Munições de Fragmentação.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.