Irã declara que a Guerra dos 12 Dias chegou ao fim; Israel rejeita o encerramento completo do conflito, retomando o foco em Gaza
O governo de Benjamin Netanyahu assegurou o encerramento dos ataques ao território iraniano, contudo, enfatizou que “a campanha contra Teerã ainda não t…

Após 12 dias de intensos combates, Irã e Israel declararam, nesta terça-feira (24), o fim dos conflitos diretos — embora o governo de Netanyahu não o tenha feito de maneira categórica. A declaração ocorre horas após a entrada em vigor de um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos com apoio do Catar. No entanto, o acordo se mostra frágil diante de acusações de violação e diferentes perspectivas sobre o futuro da região.
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O governo israelense afirma que “um capítulo significativo” está finalizado, mas que a campanha contra Teerã ainda não terminou. “Adjudicamos o projeto nuclear do Irã em anos, bem como seu projeto de mísseis, mas, apesar da conquista fenomenal, precisamos permanecer em campo”, disse Eyal Zamir, chefe do Estado Maior das Forças Armadas.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, considerou o resultado como uma “grande vitória” para o Irã, alegando que a guerra foi “imposta pelo aventurepismo de Israel”. A liderança iraniana, por meio do aiatolá Ali Khamenei e do Comando Militar Conjunto, também alertou Israel e EUA a “aprendam com os golpes esmagadores” sofridos durante os ataques iranianos.
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Apesar da retórica, o Irã ainda avalia a reabertura de seu espaço aéreo, embora voos internacionais já estejam partindo e chegando em Teerã com permissão especial.
Do lado israelense, Eyal Zamir confirmou o término dos ataques ao território iraniano, mas ressaltou que “a campanha contra o Irã ainda não acabou”. Zamir afirmou que Israel encerrou um “capítulo significativo” do confronto e que o foco agora se volta à Faixa de Gaza , onde o país está em guerra com o Hamas desde outubro de 2023.
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“Nosso foco agora é resgatar os reféns em Gaza e desmantelar o regime do Hamas”, disse ele. Israel retomou os bombardeios em Gaza em março, e a situação humanitária na região é crítica.
O regime de tiro anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, iniciou-se nas primeiras horas de terça-feira (1h, horário de Brasília). No entanto, relatos de novos ataques e declarações mútuas geraram incertezas sobre o acordo. Trump declarou-se “insatisfeito com ambos os lados”, acusando Israel e Irã de violarem os termos da trégua. Ele alertou Israel por meio de suas redes sociais: “Israel, não utilize suas bombas. Caso o faça, será uma grave violação”.
O acordo foi negociado após uma ligação de Trump com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e mediação do Catar, com participação de altos funcionários da Casa Branca. O Irã teria sinalizado que cumpriria o acordo caso não houvesse novos ataques de Israel.
Analistas em Israel estimam que o programa nuclear e de mísseis do Irã foi adiado, mas não destruído. Mesmo com a vitória militar na campanha aérea contra o Irã, Israel considera que “não há tempo para descansar sobre os louros”. A retomada do foco em Gaza visa pressionar o Hamas a rendição, em um território já devastado pelo conflito que se arrasta desde 7 de outubro de 2023.
A crise humanitária na Faixa de Gaza é alarmante, com mais de 90% dos edifícios destruídos e grave falta de alimentos.
Ainda há aproximadamente 50 reféns mantidos pelo Hamas, o que persiste como um trauma para a sociedade israelense. A decisão de Netanyahu de concentrar esforços em Gaza é vista como inevitável pelo governo israelense, ao mesmo tempo em que críticos argumentam que a política militarista do primeiro-ministro busca adiar confrontos com o Judiciário.
Reportagem produzida com auxílio de IA.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.