Irã autoriza projeto para extinguir agência da ONU relacionada a energia nuclear
Comitê parlamentar iraniano propõe interromper a cooperação dois dias após os ataques dos EUA a instalações nucleares do país.

O Comitê de Segurança Nacional do Parlamento do Irã aprovou nesta segunda-feira (23.jun.2025) um projeto de lei que propõe encerrar totalmente a cooperação com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), órgão vinculado à ONU (Organização das Nações Unidas). A decisão se dá dois dias após os ataques aéreos dos Estados Unidos contra instalações nucleares do país.
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O projeto prevê o desligamento das câmeras de vigilância nas instalações nucleares do Irã, a suspensão das inspeções e o encerramento do envio de relatórios à Agência Internacional de Energia Atômica. Para ser implementado, a medida necessita da aprovação do plenário do Parlamento iraniano.
Ebrahim Rezaei, porta-voz do Comitê, declarou que a cooperação com a agência nuclear da ONU será retomada somente quando Teerã avaliar que a segurança das instalações nucleares do país está assegurada.
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Na segunda-feira (22 de junho), a Assembleia Parlamentar iraniana aprovou o encerramento do Estreito de Ormuz. O local é a principal via de exportação de países do Golfo Pérsico, incluindo Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Iraque e Kuwait.
A decisão ainda necessita ser aprovada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo líder supremo Ali Khamenei.
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O estreito liga o Golfo de Omã ao Golfo Pérsico. A área possui 33 km de largura em seu ponto mais estreito – entre a Península de Musandam, em Omã, e o Irã.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), anunciou um cessar-fogo entre Irã e Israel na noite desta segunda-feira (23.jun). A suspensão das hostilidades começará em seis horas, após ambos os países terminarem suas operações em curso, e terá duração de 12 horas — ao final desse período, o conflito seria considerado encerrado.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.