Investimento direto no Brasil dispara e bate recorde em setembro

O saldo do Investimento Direto no País (IDP) atingiu um recorde histórico em setembro de 2025, totalizando US$ 10,7 bilhões. O Banco Central (BC) divulgou oficialmente o resultado nesta sexta-feira, 24 de outubro de 2025. A íntegra do comunicado está disponível em formato PDF (324 kB).

Histórico do IDP

A série histórica do IDP iniciada em 1995, acompanha os dados do BC referentes à entrada e saída de capital voltada para investimentos de longo prazo, incluindo atividades empresariais, abertura de filiais de empresas multinacionais, projetos de infraestrutura, instalação de novas fábricas, aquisição de participações em companhias nacionais e outras operações similares.

Comparação com o Fluxo de Capital na B3

É importante ressaltar que o IDP se distingue do saldo de recursos estrangeiros movimentados na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), que se concentra em investimentos em ações, títulos públicos e outros ativos financeiros.

Resultados em Setembro de 2025

Em setembro de 2025, o IDP apresentou um aumento de 176,4% em relação a setembro do ano anterior, quando registrou US$ 3,9 bilhões de entrada líquida. Os ingressos líquidos em participação de capital totalizaram US$ 8,8 bilhões, incluindo US$ 4,2 bilhões provenientes da participação no capital, excluindo lucros reinvestidos, e US$ 4,6 bilhões em lucros reinvestidos.

As operações intercompanhia geraram ingressos líquidos de US$ 1,9 bilhão.

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IDP Acumulado e Tendências

O IDP acumulado em 12 meses atingiu US$ 75,8 bilhões, equivalente a 3,47% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor superou o acumulado de agosto de 2025 (3,18% do PIB) e o de setembro de 2024 (3,11% do PIB). O saldo total do IDP de janeiro a setembro de 2025 foi de US$ 63,3 bilhões, o maior valor desde 2022, quando somou US$ 64,8 bilhões.

Déficit nas Contas Externas

As contas externas do Brasil registraram um déficit de US$ 9,8 bilhões em setembro de 2025, representando o maior saldo negativo da série histórica, iniciada em 1995. Esse resultado considera o saldo da balança comercial (exportações e importações) e os serviços adquiridos por brasileiros no exterior, como remessa de juros, lucros e dividendos para outros países.