Um Boeing 787 Dreamliner da Air India caiu na quinta-feira (12.jun.2025) em Ahmedabad, na Índia, após sua decolagem. O voo com destino a Londres transportava 242 passageiros a bordo. De acordo com informações divulgadas pelo Guardian, pelo menos 294 pessoas faleceram no acidente, incluindo indivíduos que se encontravam em terra.
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A aeronave caiu em uma área residencial próxima ao aeroporto. A polícia local, conforme informações da Reuters, informou que o avião atingiu um prédio que funcionava como albergue para médicos.
Ainda que a publicação desta reportagem, foram divulgados os seguintes detalhes:
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As autoridades indianas confirmaram que restou apenas um sobrevivente no avião. Vishwash Kumar Ramesh, de 40 anos, está na enfermaria geral do Hospital Civil Asarwa, em Ahmedabad, e recebe tratamento por ferimentos no peito, olhos e pé.
Ramesh não sofreu ferimentos graves, está consciente e conversou com jornalistas locais. Em declaração ao jornal Hindustan Times, o sobrevivente afirmou que os problemas iniciaram 30 segundos após a decolagem com destino a Londres. “Houve um ruído alto e o avião caiu. Tudo aconteceu muito rápido”, declarou.
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Este é o primeiro acidente aéreo envolvendo um Boeing 787 Dreamliner desde o início de sua operação comercial. As causas da queda ainda não foram estabelecidas. Entre os falecidos estavam 169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense, além de 12 tripulantes.
A Reuters divulgou dados do controle de tráfego aéreo do Aeroporto de Ahmedabad. O avião decolou às 13h39 (horário local, 5h horário de Brasília) na pista 23. Minutos após a partida, emitiu um sinal de emergência do tipo “Mayday”, porém não houve mais comunicação com a tripulação.
O especialista John Cox, ex-piloto de avião e diretor-executivo da Safety Operating Systems, declarou ao New York Times que a posição do avião sugere que “ele deveria estar subindo, mas na realidade está descendo”. “A questão é por quê”, acrescentou. Cox e outros especialistas, contudo, alertaram contra conclusões precipitadas. Aeronaves e o sistema de aviação possuem múltiplas redundâncias para evitar que um único problema resulte em uma tragédia.
De acordo com especialistas citados por um jornal americano, o calor constitui um fator relevante. A temperatura em Ahmedabad, cidade de onde a aeronave partiu, atingiu valores superiores a 37°C. Temperaturas elevadas comprometem as decolagens, visto que os motores produzem menor potência e o ar quente apresenta menor densidade, diminuindo a capacidade de sustentação da aeronave.
As caixas-pretas da aeronave fornecerão informações preliminares. Os dados do gravador de dados de voo incluem hora, altitude, velocidade e direção.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, declarou estar “horrorizado” com a tragédia. “É de cortar o coração além das palavras. Neste momento difícil, meus pensamentos estão com todos os afetados por ela”, escreveu. “Tenho entrado em contato com ministros e autoridades que estão trabalhando para ajudar as pessoas afetadas”.
Ademais, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer (Partido Trabalhista, centro-esquerda), também se manifestou. Na sua conta do X, Starmer escreveu que “as cenas que emergem de um avião com destino a Londres transportando diversos cidadãos britânicos caindo na cidade indiana de Ahmedabad são devastadoras”.
A Família Real britânica se pronunciou sobre o acidente em suas redes sociais. O rei Charles III e sua esposa expressaram estar “desesperadamente chocados” com a tragédia. Charles também agradeceu às equipes de resgate que atuaram no local, qualificando-as de “heróis”.
O Grupo Tata, dono da Air India, anunciou que pagará uma compensação de 10 milhões de rúpias, cerca de R$ 650 mil, às famílias de cada vítima do acidente.
Fonte por: Poder 360