Investigue as possibilidades de prisão de Zambelli no exterior
Deputada pode ser extradiada conforme tratados internacionais, contudo, a dupla cidadania italiana pode ser um fator interferente.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) corre o risco de ser presa no exterior e repatriada após o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinar na quarta-feira (4.jun.2025) a sua prisão preventiva. A determinação ocorreu após ela anunciar sua saída do país 20 dias após ter sido condenada pela Corte.
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Especialistas apontam que a extradição de Zambelli ao Brasil depende da aplicação dos termos dos acordos internacionais estabelecidos com outros países. Além disso, ressaltam que o processo pode ser complicado pela sua dupla nacionalidade italiana, porém não é inviável.
Condenada pela 1ª Turma do STF a 10 anos de prisão, Zambelli anunciou na terça-feira (3.jun), que deixou o Brasil para viver na Itália para realizar um “tratamento de saúde”. Em entrevista à CNN, ela afirmou que se licenciaria do mandato de deputada e que não poderia ser extradiada, devido à sua dupla cidadania.
Na decisão anterior, Moraes determinou a prisão preventiva da deputada e solicitou que a PF (Polícia Federal) adotasse as medidas necessárias para incluir a congressista na lista vermelha da Interpol e que a corporação localizasse a deputada para viabilizar a sua extradição.
O Brasil pode solicitar a emissão do que se denomina difusão vermelha (alerta vermelho) da Interpol, que é divulgada após a solicitação do juiz quando há suspeita de que a pessoa procurada tenha abandonado o país. Na solicitação, Moraes assume o compromisso e justifica o interesse em instruir eventual pedido de extradição, caso o foragido seja encontrado e preso em outro país.
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Todo o documento relacionado ao caso é enviado a uma das Representações Regionais da Polícia Federal, que avalia os aspectos formais do mesmo — esta é a etapa em que se encontra a solicitação de Zambelli.
Após a análise, os documentos são encaminhados ao Escritório Central da Interpol, Divisão subordinada à Diretoria de Cooperação Internacional da Polícia Federal, para uma segunda análise, com o propósito de verificar formalidades e a tradução dos documentos para um dos idiomas oficiais.
A etapa final consiste no envio dos documentos eletronicamente para a sede da Interpol em Lyon, na França. Lá, a solicitação será submetida a uma análise formal e detalhada. Caso seja necessário complementar com mais informações, a Interpol poderá solicitar esclarecimentos. Não há prazo definido para que todo o processo seja finalizado, podendo levar alguns dias.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.