O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima determinou a suspensão das investigações sobre o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Samir Xaud, em razão de suspeitas de envolvimento em um esquema eleitoral no estado.
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Na quarta-feira, 30, Xaud foi alvo da Operação Caixa Preta, conduzida pela Polícia Federal. O desembargador Jesus Nascimento determinou que a suspensão permanecesse em vigor até o julgamento do mérito de um habeas corpus apresentado pela defesa do dirigente.
A avaliação do magistrado é que os elementos reunidos não são suficientes para justificar a inclusão de Xaud na lista de alvos da apuração.
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A operação de quarta também atingiu a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) e seu marido, o empresário Renildo Lima. A justificativa da PF para incluir Xaud foi uma menção a ele em um áudio de Renildo.
O rastro do bem jurídico restou demonstrado pela inexistência de justa causa para a investigação penal, visto que essa simples referência à pessoa do paciente não pode ser considerada suficiente para justificar a apuração criminal, sendo imprescindível a reunião de outros elementos capazes de confirmar a premissa adotada na decisão questionada.
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A investigação teve início em setembro de 2024, após a apreensão de 500 mil reais iminente ao pleito municipal. Lima foi detido naquela ocasião em Boa Vista – ele transportava uma porção do dinheiro em sua roupa.
Samir Xaud, de 41 anos, assumiu a direção da CBF em maio. Ele concorreu a deputado federal por Roraima em 2022, porém não obteve sucesso. Seu pai, Zeca Xaud, presidiu a Federação Roraimense de Futebol por mais de 40 anos.
“Conheço minha origem, sei quem sou e mantive a serenidade nos últimos dias, apesar da injustiça praticada e da grave mancha na minha reputação”, declarou Xaud em comunicado enviado pela CBF. “Continuarei trabalhando com foco, paixão e honestidade em favor do futebol brasileiro.”
Fonte por: Carta Capital