Investigação para encontrar o assassino de Charlie Kirk completa três dias nos EUA

O FBI publicou fotos de um homem que é considerado o possível atirador na quinta-feira e anunciou uma recompensa de 100 mil dólares por informações.

12/09/2025 7:52

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Investigação para encontrar o assassino de Charlie Kirk completa três dias nos EUA
(Imagem de reprodução da internet).

A investigação sobre a busca pelo suspeito do assassinato do ativista de direita Charlie Kirk prossegue no terceiro dia nesta sexta-feira 12, após pedido das autoridades norte-americanas pela colaboração da população para identificar o homem captado em imagens de segurança.

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Kirk, um influenciador republicano de 31 anos ligado ao presidente Donald Trump, faleceu na quarta-feira, 10, após ter sido baleado durante um evento na Utah Valley University, em Orem.

O suspeito do homicídio permanece foragido. Sem novas informações, o diretor do FBI, Kash Patel, manteve-se em silêncio em coletiva de imprensa na quinta-feira, quando as autoridades se recusaram a responder perguntas e reiteraram o apelo por auxílio público.

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O governador de Utah, Spencer Cox, declarou: “Necessitamos de todo o auxílio que pudermos obter. Qualquer vídeo ou foto que possuam, devem ser enviados para nossa página de pistas”.

Cerca de vinte órgãos federais, estaduais e municipais estão envolvidos no caso: realizaram mais de 200 entrevistas e reuniram mais de 7 mil pistas.

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No entanto, a identidade do suspeito, suas possíveis motivações ou localização continuam desconhecidas.

O FBI divulgou fotos de um homem que é considerado o suspeito na quinta-feira e anunciou uma recompensa de 100 mil dólares (538 mil reais) por informações que levem à sua identificação e captura.

O homem na imagem usa boné preto, óculos escuros, tênis esportivos e uma camiseta preta estampada com a bandeira americana.

À noite, as autoridades divulgaram um vídeo em que ele é visto correndo em um telhado e, em seguida, saltando em direção ao solo, prosseguindo em direção a uma área próxima.

Diante da incerteza, teorias conspiratórias proliferaram nas redes sociais.

Contra a violência

Kirk recebeu um tiro no pescoço durante uma discussão com estudantes no campus.

A polícia suspeita que um disparo foi realizado a partir de um telhado, localizado a aproximadamente 200 metros de distância.

Um rifle de alta potência foi encontrado em uma área florestal, que se presume ter sido o caminho de fuga do suspeito: uma arma que os investigadores consideram ser a utilizada no crime.

Os investigadores obtiveram uma impressão de sapatos, uma marca de palma e marcas no antebraço.

Apesar de a identidade do suspeito ou a razão do crime não serem determinados, Trump inicialmente apontou para a esquerda, porém na quinta-feira adotou uma postura mais cautelosa.

Ele defendia o uso da não violência. “É dessa maneira que quero que as pessoas respondam”, declarou o presidente sobre o assassinato de um de seus principais aliados, considerado responsável por impulsionar sua vitória presidencial ao conquistar o eleitorado jovem.

Quando um jornalista questionou sobre os possíveis motivos do crime, Trump respondeu apenas: “Tenho uma pista, sim, mas revelarei mais tarde.”

O corpo de Kirk foi transportado na quinta-feira para Phoenix, Arizona, a bordo do avião do vice-presidente JD Vance, que auxiliou no carregamento do féretro. A esposa, Erika Kirk, também estava presente na aeronave.

A política se transformou

A condenação do crime foi unânime, tanto na esquerda quanto na direita do espectro político, em uma notável demonstração de concordância na opinião pública americana, marcada por sua extrema polarização.

Contudo, teorias conspiratórias e mensagens polêmicas se disseminam nas redes sociais.

Eles estão em guerra contra nós, reagiu na quarta-feira o jornalista Jesse Watters, da Fox News.

Kirk foi assassinado no momento em que respondia à indagação de um adolescente acerca dos tiroteios nos Estados Unidos.

Trump anunciou oficialmente o falecimento de Kirk, que receberá a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais importante distinção civil dos Estados Unidos.

Kirk, pai de dois filhos e defensor fervoroso de valores conservadores e cristãos, era amplamente reconhecido no âmbito político americano por ter cofundado a organização “Turning Point USA” em 2012, com o objetivo de disseminar ideias conservadoras entre os jovens.

Possuía grande número de seguidores nas redes sociais e participava frequentemente de universidades para discutir em tempo integral, no campus, junto aos estudantes.

“Ele realmente alterou o clima político nos campi americanos, levando os jovens a considerarem as ideias conservadoras de forma distinta”, afirmou Dave Sanchez, que estava presente no evento de quarta-feira.

O delito abalou o país, que viu se intensificar a violência política nos últimos anos.

Donald Trump sofreu duas tentativas de homicídio durante a campanha eleitoral de 2024.

Este ano, a deputada democratica Melissa Hortman e seu cônjuge foram assassinados, e a residência do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, foi alvo de um incêndio.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.