Investidores Globais Aumentam Apostas em Empresas Chinesas de Inteligência Artificial em 2025

Investidores globais apostam em empresas chinesas de inteligência artificial, como Alibaba e Baidu, em busca de oportunidades diante da bolha em Wall Street

4 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Aumento de Investimentos em Empresas Chinesas de Inteligência Artificial

Investidores globais estão intensificando suas apostas em empresas chinesas de inteligência artificial, em busca de novas oportunidades e diversificação, especialmente diante das crescentes preocupações sobre uma possível bolha especulativa em Wall Street.

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O apoio do governo de Pequim à independência tecnológica tem impulsionado essa demanda.

A China tem acelerado a listagem de fabricantes de chips, como a Moore Threads, conhecida como a “Nvidia da China”, e a MetaX, que fez sua estreia recentemente. Os investidores internacionais percebem que a China está reduzindo a diferença tecnológica em relação aos EUA, enquanto as preocupações sobre uma bolha nos EUA aumentam.

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Exposição Limitada às Empresas de Tecnologia dos EUA

A gestora de ativos Ruffer, com sede no Reino Unido, afirmou ter uma “exposição deliberadamente limitada” às sete maiores empresas de tecnologia dos EUA e está buscando aumentar suas posições no Alibaba, visando maior participação no desenvolvimento de IA na China.

Gemma Cairns-Smith, especialista em investimentos da Ruffer, destacou que, embora os EUA ainda liderem em IA, a China está rapidamente diminuindo essa diferença.

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Ela observou que o cenário competitivo está mudando e que a Ruffer está ampliando sua exposição ao setor de IA por meio de gigantes tecnológicos chineses, como o Alibaba, que investe em infraestrutura de computação em nuvem e possui o modelo de linguagem Qwen.

Demanda Estimulada pela Guerra Tecnológica

Um relatório recente do UBS Global Wealth Management classificou a tecnologia chinesa como “a mais atraente”, destacando o forte apoio político e a autossuficiência tecnológica da China. A Nasdaq é negociada a 31 vezes o lucro das empresas listadas, enquanto a Hang Seng Tech de Hong Kong apresenta um múltiplo de 24, permitindo apostas em ações como Alibaba e Baidu.

O consultor de investimentos Rayliant lançou um fundo na Nasdaq que oferece acesso a ações chinesas comparáveis a gigantes como Google e Apple. Brendan Ahern, da KraneShares, ressaltou que a rápida ascensão de fabricantes chineses de chips de IA, como a Cambricon, demonstra a velocidade da inovação no setor.

Crescimento de Fundos e ETFs Chineses

O fundo da KraneShares, KWEB, que investe em ações chinesas no exterior, cresceu dois terços este ano, alcançando quase US$ 9 bilhões. Outro ETF da KraneShares, focado em tecnologia onshore, também apresentou crescimento significativo. Jason Hsu, da Rayliant, observou que a China está sendo forçada a investir em tecnologia pesada devido às restrições dos EUA.

Ele enfatizou que a estratégia prudente para investidores é capturar oportunidades em IA enquanto gerenciam a incerteza por meio da diversificação. A fabricante de chips MetaX, fundada por ex-executivos da AMD, teve um desempenho notável, mas alguns gestores de fundos alertam que o potencial tecnológico da China ainda é limitado.

Perspectivas e Cautela dos Investidores

Kamil Dimmich, da North of South Capital, afirmou que as empresas de chips listadas carecem de suporte de avaliação e são impulsionadas principalmente pelo hype. Carol Fong, da CGS International Securities, sugeriu que os investidores devem selecionar empresas que se beneficiem da autossuficiência da China em IA e semicondutores, mantendo líderes globais em seus portfólios.

Fong destacou a busca por “líderes em potencial” em segmentos de alta tecnologia, como robótica e IA, onde há orientações políticas mais claras. Ela acredita que mais fluxos de investimento devem ocorrer no futuro, e os investidores precisam equilibrar sua exposição em um ciclo de chips fragmentado e influenciado pela geopolítica.

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.

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