Intensificação da Guerra Comercial: Trump e Xi Jinping discutem tarifas e soja em reunião tensa
A intensificação da guerra comercial entre China e EUA se agrava com tarifas de Donald Trump, impactando exportações e negociações de soja e carne bovina
Intensificação da Guerra Comercial entre China e EUA
A prolongada guerra comercial entre China e Estados Unidos se agravou em fevereiro de 2025, quando o presidente Donald Trump anunciou tarifas sobre a China, Canadá e México no dia 1º. Desde então, as relações entre os dois países se tornaram caóticas, com tarifas retaliatórias que, em alguns casos, chegaram a três dígitos.
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Após uma reunião entre Trump e o líder chinês Xi Jinping na Coreia do Sul, na última quinta-feira (30), foram discutidos temas comerciais e promessas de Pequim para combater o fluxo de fentanil para os EUA. A taxa tarifária efetiva permanece em cerca de 47% para produtos chineses que entram nos Estados Unidos.
Impacto nas Exportações Chinesas
Desde o início do segundo mandato de Trump e a imposição de tarifas, as exportações da China para os EUA já apresentavam uma tendência de queda, que se intensificou nos últimos meses. Apesar dessa diminuição, as exportações chinesas cresceram 6,1% neste ano, com um aumento de 8,3% em setembro em comparação ao ano anterior, impulsionadas por vendas para outras regiões.
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A China está diversificando suas exportações e aumentando as importações de outros países, buscando alternativas aos produtos americanos. A soja, uma commodity essencial para ambos os países, tem sido um ponto central nas negociações comerciais.
Negociações sobre Soja e Carne Bovina
As importações chinesas de soja americana têm diminuído, mas a Argentina tem visto um aumento nas exportações para a China. Em setembro, o governo chinês adquiriu cerca de 1,2 milhão de toneladas métricas de soja argentina. Os futuros da soja em Chicago subiram antes das conversas entre Xi e Trump, com a China se comprometendo a comprar 25 milhões de toneladas métricas anualmente pelos próximos três anos.
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No setor de carne bovina, a China, que é a terceira maior compradora de carne americana, reduziu significativamente suas aquisições. De janeiro a julho deste ano, o país comprou US$ 481 milhões em carne bovina dos EUA, representando 8% das exportações totais, uma queda de 47% em relação ao ano anterior.
As importações de carne bovina americana pela China continuam em declínio. No mês passado, o país adquiriu apenas US$ 11 milhões em carne bovina americana, uma redução de 90% em comparação com setembro do ano passado, quando as compras totalizaram US$ 110 milhões, conforme dados da Administração Geral das Alfândegas da China.
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.












