A Intelis (União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin) divulgou uma nota nesta terça-feira (17.jun.2025) na qual solicita a saída do diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Luiz Fernando Corrêa, e do atual comando da instituição.
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A PF indiciou Corrêa no inquérito da “Abin paralela” nesta terça-feira (17.jun). Segundo a corporação, ele teria tentado atrapalhar as investigações sobre o caso. O ex-presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro e o ex-diretor da agência e deputado federal, Alexandre Ramagem, também foram indiciados.
É inaceitável que pessoas sobre as quais pesam acusações graves de obstrução da Justiça continuem ocupando cargos de comando na Abin, afirma um trecho da nota.
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A organização sustenta que o próprio gestor removeu funcionários da Abin mencionados nas apurações. “Utilizando a mesma lógica, ele também não pode permanecer no cargo de maior destaque da agência, com prerrogativas para continuar cometendo os supostos delitos”, declara.
A Intelis declarou, ainda, que comunicou ao governo a incongruência de designar gestores de delegados da Polícia Federal à frente da instituição, mesmo após “escândalos” envolvendo policiais da corporação em administrações anteriores.
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É importante ressaltar que o delegado Ramagem foi afastado da chefia do comando da Polícia Federal no governo anterior, porém, pode retornar para ocupar a Direção-Geral da Abin […]. É absurdo sequer considerar a permanência da atual direção e a continuidade do
processo de deterioração e desmantelamento da Inteligência de Estado.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou Luiz Fernando Corrêa diretor-geral da Abin em 30 de maio de 2023.
ABIN PARALELA
O relatório da Polícia Federal, divulgado em julho de 2024, indicou que a “Abin paralela”, grupo suspeito de utilizar a estrutura da agência para espionar adversários políticos durante o governo Bolsonaro, monitorou ministros da cúpula do STF (Supremo Tribunal Federal), congressistas como o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, além de jornalistas.
De acordo com investigações da Polícia Federal, o grupo foi coordenado por Ramagem. O grupo utilizou o software de vigilância First Mile, que permitia o rastreamento da localização de celulares sem ordem judicial.
Fonte por: Poder 360
