Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Brasil registra o menor número de analfabetos desde 2016

Foi divulgado pelo órgão de pesquisa nesta sexta-feira (13).

13/06/2025 13:25

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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Brasil registra o menor número de analfabetos desde 2016
(Imagem de reprodução da internet).

O Brasil obteve a menor quantidade de analfabetos com 15 anos ou mais desde 2016. Os dados são referentes à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

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Em 2016, a série histórica indicava que 6,7% da população brasileira não sabiam ler e escrever. Em 2023, essa taxa diminuiu para 5,4%. A redução continuou em 2024, com 5,3% ou 9,1 milhões de pessoas sem alfabetização.

A região Nordeste registra a maior porcentagem de indivíduos analfabetos, indicando 11,1%. O Norte apresenta 6%, enquanto as menores taxas foram identificadas no Centro-Oeste (3,3%), Sudeste (2,8%) e Sul (2,7%).

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Seleção por idade

Com o grupo de indivíduos analfabetos com 18 anos ou mais, a taxa percentual atingiu 7,1% em 2016. Em 2024, o índice foi de 5,5% – redução em relação a 2023, quando era de 5,7%.

Para indivíduos com 25 anos ou mais, a taxa de analfabetismo apresentou 8,3% em 2016, reduzindo-se para 6,5% em 2023 e 6,3% em 2024.

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Com relação à população com 40 anos ou mais, a porcentagem foi de 12,1% em 2016, descendo para 9,4% em 2023 e 9,1% em 2024.

De acordo com o IBGE, a analfabetismo apresenta forte ligação com a idade. Em 2024, haviam 5,1 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, representando uma taxa de 14,9% para essa faixa etária. O percentual, contudo, é inferior quando comparado ao início da série histórica (20,5%) e em relação a 2023, quando atingia 15,4%.

Os dados mostram que as gerações mais jovens estão com maior acesso à escolarização e sendo alfabetizadas na infância. No entanto, os analfabetos seguem concentrados nas faixas etárias mais avançadas. Essa diferença etária de quase 10 pontos percentuais entre os extremos da população reforça a importância de políticas específicas para alfabetização de adultos e idosos.

Homens e mulheres

Em 2024, a taxa de analfabetismo entre mulheres de 15 anos ou mais atingiu 5%, e 5,6% entre os homens. Observou-se uma redução nos dois grupos em relação ao início da série histórica, com 6,5% para as mulheres e 7,0% para os homens.

A queda também foi observada em comparação com 2023. Nesse ano, a taxa de analfabetismo, considerando a faixa etária e a separação por gênero, atingiu 5,2% entre as mulheres e 5,7% entre os homens.

Entre a população com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo das mulheres se manteve levemente acima da dos homens, registrando 15,0% para mulheres e 14,7% para homens.

Observando o mesmo padrão que no caso anterior, registrou-se uma diminuição nos índices de analfabetismo entre a população com 60 anos ou mais, em comparação com o início da série histórica (21,1% para mulheres e 19,7% para homens) e, em 2023, os percentuais foram de 15,5% e 15,4%, respectivamente.

O IBGE aponta que a união das taxas por sexo, notadamente entre os idosos, indica progresso na escolarização feminina nas gerações mais recentes, ainda que a desigualdade educacional histórica persista.

Cor ou raça

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta, por meio da análise por cor ou raça, a continuidade das desigualdades educacionais. Em 2024, 3,1% das pessoas com 15 anos ou mais de cor branca apresentavam analfabetismo, ao passo que a taxa foi de 6,9% entre aqueles de cor preta ou parda na mesma faixa etária.

Em comparação com o início da série histórica, é possível observar a queda dos percentuais. Em 2016, 3,8% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas. O percentual era de 9,1% quando comparado ao de pessoas pretas ou pardas.

A redução também se observa em relação a 2023, com 3,2% da população branca de 15 anos ou mais sem analfabetismo, em comparação com 7,1% em relação à população negra ou parda.

A disparidade racial se intensifica na população idosa, refletindo um histórico de exclusão educacional. Em 2024, indivíduos com 60 anos ou mais, 8,1% eram analfabetos, enquanto entre os pretos ou pardos essa taxa atingia 21,8%.

Assim como no caso dos mais jovens, as taxas diminuíram em relação ao início da série histórica. Em 2016, 11,8% das pessoas com 60 anos ou mais de cor branca eram analfabetas. A taxa subia para 30,7% quando comparada à de pessoas pretas ou pardas.

Em 2023, observou-se uma nova redução nas taxas de analfabetismo, com 8,6% da população branca com 60 anos ou mais sem alfabetização, em comparação com 22,7% da população negra ou pardos.

Indivíduos com baixa escolaridade enfrentam dificuldades para utilizar dispositivos móveis.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.