Inspeções nucleares ocorrem no Irã pela primeira vez após o conflito com Israel
O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, afirmou que autoridades receberam permissão para acompanhar o abastecimento de combustível na usina …

Agentes da agência nuclear das Nações Unidas voltaram ao Irã, afirmaram o chefe da agência e autoridades iranianas, mesmo com a proibição iraniana de cooperação com a agência.
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“Estamos prestes a reiniciar… há muitas instalações, algumas foram atacadas e outras não. Estamos discutindo que tipo de modalidades práticas podem ser implementadas para facilitar o reinício do nosso trabalho”, disse Raphael Grossi, chefe da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), à Fox News na terça-feira (26).
O presidente da Assembleia Parlamentar do Irã, Mohammad Bagher Ghalibaf, anunciou o retorno dos inspetores da ONU durante uma sessão legislativa nesta quarta-feira (27), de acordo com a mídia estatal iraniana.
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O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, afirmou que os inspetores receberam permissão para acompanhar o reabastecimento de combustível na usina nuclear de Bushehr, em decorrência de uma decisão do Conselho Supremo de Segurança Nacional.
Araghchi afirmou que não houve acordo sobre uma “nova cooperação” entre o Irã e a AIEA, conforme divulgado em sua publicação no Telegram.
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A Agência Internacional de Energia Atômica removeu sua equipe do Irã em julho, após o parlamento aprovar uma lei que suspendia a cooperação com a agência em resposta aos ataques de Israel ao país.
Grossi declarou que os inspetores se afastaram pois as inspeções “não eram possíveis” em razão do “tempo de guerra”.
Conflito com Israel
Em junho, Israel realizou ataques às instalações nucleares iranianas, provocando um conflito militar sem precedentes de 12 dias e resultando em ataques retaliatórios do Irã contra cidades israelenses. Os Estados Unidos também participaram, atacando três instalações iranianas nos últimos dias do conflito.
O Irã acusou a AIEA de oferecer a Israel um motivo para atacar, após a publicação de um relatório que afirmava que Teerã não estava cumprindo suas obrigações de salvaguarda sob o Tratado de Não Proliferação Nuclear, que estabelece inspeções rigorosas em instalações nucleares.
Desde então, estamos em negociações com o Irã para retornar, mas não é uma situação fácil, porque para alguns no Irã a presença de inspetores internacionais é prejudicial à sua segurança internacional, afirmou Grossi, que está em Washington, D.C. para se encontrar com autoridades americanas, à Fox News em uma entrevista televisionada.
O lançamento de Israel ocorreu um dia antes da realização de uma rodada de negociações entre Irã e os EUA sobre o programa nuclear de Teerã. As negociações foram interrompidas desde então, sem um cronograma definido para a retomada.
Kamran Ghazanfari, parlamentar iraniano, manifestou sua discordância com as declarações de Ghalibaf durante a sessão legislativa de quarta-feira (27), que propuseram que o governo autorizasse a admissão de inspetores na usina nuclear de Bushehr e em uma instalação de pesquisa em Teerã.
O parlamentar declarou que a decisão representaria uma violação explícita da lei, forçando o governo a suspender a cooperação com a agência.
Em terça-feira (26), diplomatas iranianos se encontraram com membros do grupo E3 – França, Alemanha e Reino Unido – em Genebra, buscando impedir a retomada das sanções da ONU contra o Irã, que haviam sido temporariamente suspensas por conta de um acordo nuclear celebrado há uma década.
A União Europeia comunicou à ONU que retomará as sanções por meio do denominado mecanismo “snapback” caso o Irã persista em violar suas obrigações sob o acordo de 2015.
O Irã diminuiu o cumprimento do acordo e intensificou o enriquecimento de urânio após a retirada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do acordo em seu primeiro período.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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