Insegurança alimentar no Brasil cai em 2024, mas ainda afeta 18,9 milhões de famílias, diz IBGE

Porcentagem de pessoas nessa condição caiu, mas 18,9 milhões de famílias no Brasil ainda enfrentam insegurança, segundo novo relatório do IBGE.

10/10/2025 18:51

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(Imagem de reprodução da internet).

Queda na Insegurança Alimentar em 2024

Todos os níveis de insegurança alimentar apresentaram redução de 2023 para 2024, conforme um novo relatório do IBGE divulgado na sexta-feira (10). O percentual de domicílios nessa situação caiu de 27,6% para 24,2%, o que equivale a 2,2 milhões de lares a menos.

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Entretanto, cerca de 6,5 milhões de pessoas ainda enfrentam insegurança alimentar grave, caracterizada por lares onde o responsável relatou a presença de fome. Além disso, um em cada quatro domicílios enfrentou algum grau de insegurança alimentar em 2024, indicando que os moradores não tinham certeza sobre a disponibilidade de alimentos adequados.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua

As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada pelo IBGE. Os dados referem-se ao último trimestre do ano anterior.

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As regiões Norte (37,7%) e Nordeste (34,8%) apresentaram as maiores taxas de insegurança alimentar em seus três níveis (leve, moderada e grave). O grau mais severo foi identificado em 6,3% e 4,8% dos domicílios dessas regiões, respectivamente.

Classificação da Insegurança Alimentar

A pesquisa categoriza a insegurança alimentar em três níveis:

Leia também:

  • Insegurança alimentar leve: preocupação ou incerteza sobre o acesso a alimentos e diminuição da qualidade para não afetar a quantidade;
  • Insegurança alimentar moderada: redução na qualidade e quantidade de alimentos entre adultos;
  • Insegurança alimentar grave: falta de qualidade e quantidade de alimentos também entre menores de 18 anos, com a fome sendo uma experiência vivida no domicílio.

Ocupações e Cor dos Responsáveis

Ao analisar as ocupações dos responsáveis em domicílios com insegurança alimentar, 17,0% eram trabalhadores autônomos, 8,6% empregados sem carteira, 6,5% trabalhadores domésticos, e 47,5% se enquadravam em outras categorias (trabalhadores familiares auxiliares, desocupados e fora da força de trabalho).

Nos lares com insegurança alimentar grave, 15,5% dos responsáveis eram autônomos, 8,3% tinham emprego com carteira assinada e 6,7% eram trabalhadores domésticos. Em relação à cor dos responsáveis, 28,5% eram brancos, 54,7% pardos e 15,7% pretos. Para a insegurança alimentar grave, 56,9% dos responsáveis eram pardos, enquanto 24,4% eram brancos.

Os domicílios com responsáveis brancos (45,7%) representaram a maior parte dos que estavam em segurança alimentar, seguidos pelos pardos (42,0%) e pretos (11,1%).

Sob supervisão de Thiago Félix; com informações da Agência Estado

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.