INPE: Cores da água revelam saúde de rios, lagos e oceanos
Cores de rios, lagos e oceanos indicam sedimentos, algas e poluentes, revelando a saúde dos ecossistemas aquáticos, segundo estudo do INPE.
Variações nas Cores da Água: Um Mosaico de Informações
As diferenças visíveis na cor do mar do Nordeste e dos oceanos do Sul, assim como as tonalidades variadas de rios da Amazônia, revelam uma história sobre a vida e a química dos ambientes aquáticos. Essas variações, que criam mosaicos sobre o mapa do Brasil, são resultado da interação entre a luz solar e as substâncias presentes na água, sejam elas naturais ou provenientes da ação humana.
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Um estudo detalhado conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) demonstra como a observação da cor pode revelar propriedades químicas, físicas e biológicas dos ecossistemas aquáticos. A física por trás das cores da água é complexa, mas fundamental para entender as nuances dos ambientes.
Três Componentes, Infinitas Combinações
A cor natural das águas é determinada por três grupos principais de substâncias: fitoplâncton, material inorgânico em suspensão e substâncias amarelas. O fitoplâncton, com seus pigmentos como a clorofila, é responsável por tons de verde. O material inorgânico em suspensão, como areia e argila, produz águas turvas ou barrentas. Já as substâncias amarelas, provenientes de matéria orgânica dissolvida, podem resultar em tons amarelados ou escuros.
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A combinação e a concentração desses elementos variam conforme o ambiente. Nos oceanos abertos, a água é dominada pela pureza óptica e pelo baixo teor de partículas. Em regiões costeiras, rios e lagos, o encontro entre matéria orgânica, sedimentos e nutrientes cria paletas de cores.
O Exemplo da Amazônia
Na Bacia Amazônica, o contraste entre as águas brancas, pretas e claras é um exemplo de como a cor reflete processos biogeoquímicos complexos. As águas brancas, típicas do Rio Solimões, são ricas em sedimentos minerais. As águas pretas, como as do Rio Negro, têm baixa turbidez, mas elevada concentração de matéria orgânica dissolvida. Já as águas claras, com coloração esverdeada ou transparente, indicam baixo teor de sedimentos.
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Essas diferenças influenciam a biodiversidade, a produtividade e até o tipo de vegetação que cresce nas margens dos rios. Ao analisar o comportamento da luz sobre rios, lagos e oceanos, a ciência consegue identificar a presença de sedimentos, algas e matéria orgânica, e até monitorar sinais de poluição e mudanças climáticas.
Observar a cor da água é uma forma de acompanhar a saúde dos ecossistemas. Em tempos de transformação ambiental acelerada, entender o que essas cores revelam pode ser decisivo para proteger os recursos hídricos e planejar políticas de preservação mais eficazes.
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.












