Início do 7º Festival Nicho Novembro em São Paulo foca no cinema negro brasileiro e debates sociais

O 7º Festival Nicho Novembro começa hoje em São Paulo, destacando o cinema negro brasileiro com debates, exibições gratuitas e a publicação Cinemateca Negra.

05/11/2025 9:32

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(Imagem de reprodução da internet).

Início do 7º Festival Nicho Novembro em São Paulo

A 7ª edição do Festival Nicho Novembro tem início nesta quinta-feira (6), em São Paulo, com foco na produção do cinema negro brasileiro. O evento promove debates sobre raça, gênero e políticas de representatividade no audiovisual.

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A curadoria do festival é realizada exclusivamente por mulheres negras e a programação é gratuita, contando com mais de 30 filmes, além de atividades presenciais e online. Fernanda Lomba, diretora artística do evento e fundadora do Nicho 54, destaca que o festival coincide com o lançamento da publicação Cinemateca Negra, um mapeamento inédito de filmes dirigidos por pessoas negras no Brasil entre 1949 e 2022.

Importância do Mapeamento e Conversas Públicas

“Nunca, na história do cinema brasileiro, houve um mapeamento tão abrangente de diretores e diretoras negras”, afirma Lomba. Ela prevê que esta edição será histórica e repleta de descobertas. Além das exibições, o festival também prioriza conversas públicas, buscando engajar transformações sociais.

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“Queremos romper hierarquias tradicionais entre palco e plateia, criando um ambiente de diálogo que envolva todo o público”, explica. Ao abordar os desafios enfrentados por pessoas negras em posições de liderança no audiovisual, Lomba menciona o impacto do racismo estrutural, ressaltando a importância do direito ao acesso e à criação.

Responsabilidades do Estado e Curadoria

“O direito de produzir imagens e sonhar não deve ser exclusivo de uma elite dominante”, pontua. Ela enfatiza que o trabalho do Nicho 54 se baseia na presença e na inclusão. Mudanças significativas, segundo Lomba, dependem do cumprimento das responsabilidades do Estado na promoção do setor cultural.

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Ela cita a necessidade de avanços em instituições como o Ministério da Cultura, a Ancine e o BNDES. A curadoria do festival é composta por Daniela Giovanni Siqueira, Lorena Rocha e Mariana Cunha Basili, que também estão envolvidas na publicação Cinemateca Negra.

Programação e Abertura do Festival

“A programação é 100% gratuita e aberta a todos”, reforça Fernanda. O festival seguirá até domingo (9).

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.