A taxa tarifária proposta por Donald Trump, que começará a valer para produtos brasileiros na quarta-feira, 6, representa um novo desafio para as empresas recém-criadas. O Brasil possui atualmente 23,7 milhões de empresas ativas, o que demonstra a importância do empreendedorismo apesar das dificuldades econômicas.
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As novas tarifas de exportação para os Estados Unidos, somadas aos altos juros, à inflação contínua e à redução do consumo em diferentes níveis de renda, elevam a gestão financeira a uma prioridade para aqueles que optam por iniciar um negócio.
Organização das finanças pessoais.
Para Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio-diretor da Multimarcas Consórcios, lidar com essa situação demanda controle e preparação. “O planejamento financeiro não é um luxo. Quem compreende de finanças se protege contra imprevistos e estabelece um negócio com maior solidez”, declara.
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Salienta-se que distinguir emoção de razão é fundamental na gestão do caixa, nos investimentos e na manutenção de uma reserva. De acordo com o Relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil ocupa a sexta posição no ranking global de empreendedores estabelecidos, com mais de 90 milhões de brasileiros já empreendendo ou com intenção de empreender até o fim de 2025.
Dicas para iniciar com segurança.
Considerando o aumento dos custos e a instabilidade econômica, Lamounier apresenta seis orientações para empreendedores que buscam evitar perdas.
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Os aumentos em energia, combustíveis e insumos impactam os custos fixos e variáveis. É necessário incorporar esses reajustes no cálculo de preços desde o início para evitar distorções na margem.
Mantenha uma reserva para emergências. Poupe um valor que cubra no mínimo três meses de despesas. Isso impede dívidas em períodos de baixa receita ou situações inesperadas operacionais.
Distinguir as finanças pessoais das empresariais facilita a visualização do desempenho do negócio e impede a confusão na administração do fluxo de caixa.
É possível obter vantagens em prazos, descontos e condições especiais durante a negociação com fornecedores para amenizar o fluxo de caixa nos primeiros meses.
Defina metas financeiras realistas, estabelecendo quanto precisa auferir, quanto pode despendere e qual o lucro esperado. Metas claras auxiliam na tomada de decisões mais conscientes.
Analise minuciosamente cada investimento. Dê prioridade àquilo que irá produzir receita no curto ou médio prazo. “Investir é diferente de gastar. Calcular o retorno antes de aplicar evita erros que podem prejudicar o negócio”, aconselha Lamounier.
Fonte por: Carta Capital