Inflação nos EUA atinge 2,8% em 2025, superando a meta do Federal Reserve. Jerome Powell atribui aumento às tarifas de Donald Trump e anuncia corte de juros
A inflação nos Estados Unidos apresentou um aumento em 2025, afastando-se ainda mais da meta anual de 2% estabelecida pelo Federal Reserve, o banco central do país. A mais recente leitura do Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), indicador preferido do Fed, revelou uma inflação anual de 2,8%.
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Jerome Powell, presidente do Fed, cujo mandato se encerra em maio, atribuiu a maior parte desse aumento às tarifas amplas impostas pelo ex-presidente Donald Trump ao longo do ano. Durante uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (10), Powell afirmou: “A questão da inflação, e estamos bem cientes de que essa é a questão neste momento, é que, se desconsiderarmos as tarifas, a inflação fica na faixa dos 2%”.
Na mesma data, o Fed decidiu reduzir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, estabelecendo um intervalo entre 3,5% e 3,75%. Essa redução já era esperada pelo mercado, que precificava a possibilidade de corte em 90%, conforme dados do CME Group.
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A atenção estava voltada para a divisão entre os membros da autoridade monetária dos Estados Unidos. Na reunião anterior, quando a taxa-alvo foi elevada para 3,75% a 4,00%, a decisão não foi unânime. Stephen I. Miran preferiu um corte de 0,50 ponto, enquanto Jeffrey R.
Schmid optou por manter a taxa acima de 4%.
Desta vez, a dissidência aumentou, com Austan D. Goolsbee se juntando a Schmid ao votar pela manutenção da taxa atual, sem o corte de 0,25 ponto. Isso indica uma tendência mais forte em manter a taxa de referência, apesar da pressão da Casa Branca para que o Fed continue com os cortes.
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Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.