Crescimento dos Gastos do Consumidor nos EUA Impulsiona Economia
Os gastos dos consumidores nos Estados Unidos apresentaram um aumento um pouco superior ao esperado em agosto, demonstrando a resiliência da economia americana durante o terceiro trimestre. A atividade econômica continua sólida, acompanhada por uma inflação que se mantém em um ritmo moderado, conforme divulgado pelo Escritório de Análises Econômicas do Departamento de Comércio nesta sexta-feira.
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O aumento nos gastos, que representam mais de dois terços da atividade econômica do país, registrou um avanço de 0,6% no mês passado, superando as expectativas dos economistas, que previam um crescimento de 0,5%. Essa performance robusta se destaca em um cenário de desaceleração do mercado de trabalho, com um ritmo de criação de empregos mais lento nos últimos três meses.
Fatores Impulsionadores e Desafios
O aumento nos gastos é impulsionado principalmente pelas famílias de alta renda, beneficiadas por um mercado de ações aquecido e preços imobiliários elevados, que aumentam sua riqueza. Dados do Federal Reserve revelam que a riqueza das famílias atingiu um recorde de US$176,3 trilhões no segundo trimestre, refletindo essa dinâmica.
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No entanto, as famílias de baixa renda enfrentam dificuldades, arcando com uma parcela significativa do aumento dos preços devido às tarifas de importação. Essa disparidade econômica representa um desafio para a economia americana, exigindo políticas que promovam a inclusão e a redução da desigualdade.
Indicadores Econômicos e Perspectivas
Os fortes gastos dos consumidores contribuíram para que o Produto Interno Bruto (PIB) crescesse a uma taxa anualizada de 3,8% no segundo trimestre, o mais forte em quase dois anos. As estimativas de crescimento para o terceiro trimestre estão convergindo para um ritmo de 2,5%, indicando uma desaceleração gradual.
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Economistas preveem uma diminuição considerável nos gastos até o final do ano, influenciada pelos preços mais altos. A inflação tem respondido lentamente às medidas implementadas, devido à venda de estoques acumulados e à absorção de algumas tarifas por parte das empresas. O índice de preços PCE subiu 0,3% em agosto, com um avanço de 2,7% nos 12 meses até agosto.
Política Monetária e Perspectivas Futuras
O Federal Reserve retomou a política de afrouxamento monetário, reduzindo a taxa de juros de referência em 25 pontos-base, para a faixa de 4,00% a 4,25%. O banco central acompanha de perto as medidas de preço do PCE, que é utilizado como referência para sua meta de inflação de 2%.
