Inep mantém metodologia do Enem inalterada e descarta vazamentos, afirma Manuel Palacios

Manuel Palacios, presidente do Inep, garante que não haverá mudanças na metodologia do Enem, desmentindo vazamentos e defendendo a validade do pré-teste.

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(Imagem de reprodução da internet).

Presidente do Inep descarta mudanças na metodologia do Enem

Manuel Palacios, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), afirmou que não haverá alterações na metodologia do banco de questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Ele se manifestou sobre as polêmicas relacionadas a supostos vazamentos na edição de 2025. “Não houve nenhum vazamento da prova do Enem, ninguém viu as questões que caíram na prova.

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O que há são itens semelhantes”, declarou Palacios à CNN Brasil.

A posição do Inep se mantém firme, mesmo com novas suspeitas surgindo sobre questões que teriam sido antecipadas na prova realizada nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro no Pará. Nesses dias, os candidatos realizaram o exame em datas diferentes devido à COP30.

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A Folha de S.Paulo destacou cinco questões do Enem Pará que supostamente foram divulgadas em lives e mentorias nas redes sociais antes do exame.

Análise das questões

A equipe técnica do Inep avaliou as questões mencionadas e, segundo Palacios, a análise revelou que algumas têm “pouquíssima semelhança”, com problemas apenas no tema abordado, e não na questão em si. “Essas questões não prejudicam a avaliação, nem o exame, e não exigem que o Inep tome outras providências”, afirmou o presidente.

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Os pré-testes do Enem são etapas em que o Inep aplica questões inéditas a estudantes em todo o país para avaliar a dificuldade e adequação antes de serem utilizadas nas provas oficiais. As questões aprovadas são incorporadas ao banco de itens e podem ser aplicadas anos depois.

Nos últimos três anos, o instituto pre-testou aproximadamente 4 mil itens, mas apenas uma pequena porcentagem é utilizada nas provas oficiais.

Memorização e validade do pré-teste

Palacios explicou que os estudantes que participam dos pré-testes veem apenas uma fração muito pequena da prova do Enem. Ele destacou que, embora haja pessoas que memorizem algumas questões, a quantidade de itens disponíveis no banco é suficiente para minimizar esse risco. “Nos últimos 10 pré-testes, utilizamos itens que datam de 2013”, acrescentou.

O presidente do Inep ressaltou a importância do pré-teste para garantir a validade e comparabilidade do Enem. “Sem pré-teste, não consigo comparar resultados de aplicações diferentes”, afirmou. Ele enfatizou que esse procedimento é essencial para assegurar que provas distintas tenham o mesmo nível de dificuldade e possam ser comparadas de forma justa.

Investigação sobre polêmica em lives

Três questões do Enem aplicadas em novembro foram anuladas após uma polêmica envolvendo semelhanças com itens apresentados por Edcley em suas lives. O estudante de medicina se pronunciou publicamente, afirmando que sua metodologia se baseia na análise de padrões e estudo das matrizes de referência do exame.

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso.

Sobre o andamento das investigações, Palacios afirmou que “a investigação continua em curso para apurar se houve algum tipo de ação irregular da parte dele [Edcley]”.

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.

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