Indústria brasileira aponta preocupação com impactos de tarifas americanas
O governo brasileiro manifesta preocupação com a proposta de taxação de 50% em produtos importados dos EUA, considerando-a como interferência indevida e…

O governo brasileiro respondeu com veemência à ameaça do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar tarifas de 50% sobre as importações brasileiras a partir de 1º de agosto.
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O Itamaraty chamou o embaixador norte-americano, retornando a carta de Trump, que foi considerada ofensiva e apresentava alegações falsas acerca das relações comerciais entre os dois países.
O presidente Lula declarou, através das redes sociais, que a alegação de que os Estados Unidos apresentavam déficit na balança comercial com o Brasil é falsa.
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O chefe do executivo nacional destacou a soberania do país e avisou que o governo reagiria de acordo com a legislação de reciprocidade caso houvesse elevação nos preços.
Impacto nos mercados e na indústria.
A notícia gerou apreensão nos mercados internos, que já haviam encerrado em declínio devido à expectativa do anúncio. Segmentos como o da Embraer foram notavelmente impactados, com o ADR da empresa apresentando queda de aproximadamente 8% em Nova York durante o período pós-mercado.
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Atualmente, as vendas da empresa caem em mais de 7%. A Embraer é exportadora de aeronaves para os Estados Unidos, principalmente os modelos de jatos comerciais que são empregados para viagens curtas no território nacional.
Vários órgãos e entidades, como a Frente Parlamentar da Agropecuária, solicitaram ao governo que promovesse uma negociação diplomática, alertando sobre os potenciais efeitos no setor agropecuário, câmbio e competitividade das exportações brasileiras.
Motivações políticas e pessoais
Além das questões econômicas, a carta de Trump menciona explicitamente o papel do ministro Alexandre de Moraes no STF e ações contra Jair Bolsonaro e redes sociais.
Especialistas indicam que podem existir interesses particulares de Trump relacionados a ações judiciais apresentadas por empresas do seu conglomerado midiático em face de decisões do Supremo Tribunal Federal.
O episódio também é visto como uma possível retaliação às declarações de Lula sobre uma moeda alternativa para operações internacionais, realizadas durante a cúpula do BRICS.
A situação poderá gerar consequências nos próximos dias, com potencial para influenciar as relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.