Indivíduos presos em delitos envolvendo armas militares serão julgados

A Justiça Militar condenou nove civis e militares pelo envolvimento na venda de armas provenientes do Arsenal de Guerra de Barueri, com penas que podem chegar a 18 anos de reclusão.

10/06/2025 9:57

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SP - METRALHADORAS/SP/EXÉRCITO/FURTO/SUSPEITOS/AQUARTELADOS - GERAL - Vista da entrada do  Arsenal de Guerra, localizado em Barueri, na Grande São Paulo,   nesta quinta-feira. Centenas   de militares seguem aquartelados  na unidade do Exército em Barueri como parte da   investigação que apura o furto   de 21 metralhadoras do local, incluindo 13 armas calibre .50, de alto poder   destrutivo. Oito metralhadoras   furtadas do local oram recuperadas hoje na entrada da comunidade Gardênia Azul,   bairro da zona oeste do Rio, pela   Polícia Civil fluminense. São quatro metralhadoras .50 e quatro calibre 7,62 mm.   Outras 13 armas seguem   desaparecidas.     19/10/2023 - Foto: RONALDO SILVA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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A 2ª Procuradoria de Justiça Militar de São Paulo condenou quatro militares e cinco civis pelo furto e comercialização de armamento do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), em Barueri (SP), no dia 7 de setembro de 2023. Dois ex-cabos do Exército, um deles então motorista do diretor do AGSP e o outro auxiliar da Seção de Transporte, foram condenados a 17 anos e 4 meses de reclusão, cada, pelo crime de peculato-furto, em regime fechado. Já o tenente, na época chefe da Seção de Inteligência, recebeu a pena total de 9 meses de detenção, sendo 3 meses pelo crime de inobservância de lei e 6 meses pelo de peculato culposo, que ocorre quando o militar contribui culposamente para que outra pessoa subtraia ou desvie algo da unidade militar. Ele permitiu que veículos entrassem e saíssem do AGSP sem revistas, contribuindo assim para o extravio do armamento.

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O tenente-coronel, diretor do Arsenal de Guerra, foi condenado a seis meses de suspensão do exercício do posto, devido à negligência. As apurações apontaram que ele não cumpriu diversos deveres relativos ao local, conforme ressaltou o Ministério Público Militar na denúncia. Um dos civis condenados recebeu pena de 14 anos, 4 meses e 24 dias de reclusão. Os demais foram julgados com penas ainda maiores, de 18 anos de detenção, em regime fechado. As investigações indicaram que eles responderam pelo extravio e pela comercialização das armas, praticando o crime de comércio ilegal de arma de fogo.

Reitere o incidente.

Na tarde de 7 de setembro de 2023, dois cabos condenados usaram as celebrações do Dia da Independência para roubar armas da Seção de Recebimento e Expedição de Material. Segundo o MPM, eles forçaram os cadeados e o lacre do local, desativando o sistema de alarme que protegia o pavilhão. Em seguida, transportaram 22 armas, incluindo fuzis e metralhadoras, em uma caminhonete e entregaram o armamento a civis para sua comercialização a organizações criminosas dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

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Foram apreendidas armas no município de São Roque (SP), onde ocorreu o confronto entre policiais e dois criminosos. As armas foram encontradas na mata. A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCRJ) também localizou oito armamentos no bairro da Gardênia Azul, em um automóvel abandonado, em 19 de outubro de 2023. Em seguida, a PCRJ identificou mais duas metralhadoras, em 1º de novembro de 2023, dentro de um veículo na Praia da Reserva, no Recreio dos Bandeirantes. Um total de 20 armas foram recuperadas, das 22 subtraídas, sendo que duas metralhadoras ainda não foram encontradas.

Fonte por: Jovem Pan

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Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.