Indivíduo acusado de trama antissemita nos EUA pode ser condenado a 384 anos de reclusão
Soliman é acusado de causar lesões a pelo menos 12 indivíduos após empregar um lança-chamas caseiro e lançar um objeto inflamatório contra uma multidão, que participava de uma reunião semanal de membros da comunidade judaica.

Mohamed Sabry Soliman, o acusado no ataque antissemita em Boulder, no Colorado, compareceu, na segunda-feira (2), à sua primeira audiência em um tribunal nos Estados Unidos.
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Soliman é acusado de ter ferido pelo menos 12 pessoas após utilizar um lança-chamas caseiro e arremessar um dispositivo incendiário contra uma multidão, que participava de um encontro semanal de membros da comunidade judaica. As autoridades informaram que o suspeito proferiu frases como “Palestina livre!” durante o ataque ocorrido na segunda-feira (1).
Soliman apareceu rapidamente diante da corte, por meio de uma transmissão de vídeo. Ele se encontra detido em Boulder e usava um macacão laranja.
Soliman deve retornar ao tribunal na quinta-feira, ocasião em que as acusações do estado serão apresentadas. Não houve acordo e ele poderá deixar a prisão somente mediante o pagamento de 10 milhões de dólares.
O acusado pode ser condenado a 384 anos de prisão se for considerado culpado por 16 acusações de tentativa de homicídio qualificado, conforme declarado pelo promotor de Boulder, Michael Dougherty.
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A acusação federal de crime de ódio também enfrenta a pena máxima de prisão perpétua, declarou o procurador interino dos EUA para o Distrito do Colorado, J. Bishop Grewell, em uma coletiva de imprensa.
O suspeito residia em Colorado Springs com sua esposa e cinco filhos, conforme informado em uma declaração. A família colaborou com as autoridades durante a execução do mandado de busca e apreensão.
Sua esposa entregou o iPhone do suspeito à polícia do Colorado após sua prisão.
Apesar de sugerir-se que o indivíduo agiu isoladamente no ataque, as autoridades continuam investigando todas as possibilidades.
Foram apreendidos 16 coquetéis molotov após o ocorrido.
As autoridades indicam que o suspeito “planejou morrer” no ataque. Soliman “mencionou diversas vezes que queria estar morto” em depoimento à polícia. Ele afirmou que apenas jogou dois coquetéis Molotov porque “ficou com medo” e “nunca tinha machucado ninguém antes”.
Soliman declarou à polícia que ninguém mais conhecia seu plano, que ele havia elaborado ao longo de mais de um ano.
O indivíduo aprendeu a fabricar coquetéis molotov após ter sido “impedido de adquirir uma arma”. Ele nasceu no Egito, mas residiu no Kuwait por 17 anos, conforme determinado. Ele se transferiu para Colorado Springs há três anos e estava nos EUA sem documentos, de acordo com o DHS.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.