VIX Atinge Maior Nível em Seis Meses
O VIX, conhecido como “índice do medo”, teve um aumento significativo nesta quinta-feira (16), alcançando seu maior nível em seis meses. Esse movimento é impulsionado pelo receio dos investidores em relação a uma possível crise no mercado de crédito dos Estados Unidos.
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Por volta das 16h50, o índice subia 22%, atingindo 25,2 pontos, o maior valor desde abril. O VIX é um dos principais indicadores de mercado que avalia a volatilidade, sendo calculado pela Bolsa de Valores de Chicago. Ele mede as flutuações nos preços dos contratos de opções do S&P 500, que é o índice de referência do mercado acionário americano.
Aversão ao Risco e Crise no Crédito
A lógica por trás do VIX é clara: quando a aversão ao risco aumenta, o índice tende a subir, refletindo o “medo” dos investidores diante das incertezas. Em contrapartida, quando há um apetite maior ao risco, com as bolsas em alta, o VIX geralmente apresenta queda.
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A recente alta do “índice do medo” é alimentada pela preocupação com uma crise no mercado de crédito dos EUA, especialmente após falências de duas empresas do setor automotivo. A Tricolor Holdings, uma financeira de Dallas que oferece empréstimos a tomadores com baixa pontuação de crédito, declarou falência em setembro, evidenciando como muitos americanos estão enfrentando dificuldades devido ao alto custo de vida e à estagnação do mercado de trabalho.
Alerta no Setor Financeiro
O alerta se intensificou nas últimas semanas, quando a First Brands, fornecedora de autopeças, solicitou falência sob o Capítulo 11, após suspeitas de empréstimos não contabilizados. Esses eventos têm gerado comparações com a crise de 2008, levando figuras proeminentes do mercado a expressar suas preocupações.
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Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, fez uma analogia ao afirmar que avistar “baratas” em Wall Street é um sinal de alerta. Durante uma teleconferência, ele comentou: “Minhas antenas se levantam quando coisas assim acontecem”.
Desempenho das Bolsas em Wall Street
Enquanto o VIX disparava, as bolsas de Wall Street apresentavam desempenho negativo nesta quinta-feira, com ações de bancos regionais caindo, algumas mais de 10%. Próximo ao fechamento, o S&P 500 registrava uma queda de 0,75%, o Dow Jones recuava 0,76% e a Nasdaq diminuía 0,65%.
O Zions Bancorp. viu suas ações despencarem 12% após anunciar que seu lucro do terceiro trimestre seria impactado por uma baixa contábil de US$ 50 milhões relacionada a empréstimos. O banco identificou “aparentes declarações falsas e inadimplências contratuais” entre os tomadores e garantidores dos empréstimos.
Outro banco, o Western Alliance Bancorp, caiu 10,4% após revelar que processou um tomador por fraude, embora tenha mantido suas projeções financeiras para 2025.
